NÔMADES DOS SENTIMENTOS
As vezes eu não entendo, e talvez meu interior não tenha como compreender, mesmo o tempo, mesmo com tantas explicações, eu não consigo. Não éramos perfeitos eu sei, mas éramos sonhadores, tínhamos um ao outro. De repente coisas mudaram; magoas e palavras, abandono e justificativas.
Alma abandonada com seus sonhos, afogadas nas lágrimas sem a menor chance de retorno. Uma coisa eu entendo hoje depois de um bom tempo, você não pertencia a mim, nunca pertenceu. Éramos amantes nômades, resultado de uma aparecia de amores fingidos, mas a diferença do meu nomadismo para o seu, era que você quem fazia a retirada e eu a acompanhava nessa aventura da insistência.
Adeus, que a felicidade te siga e que as bênçãos eternas ao menos te faça compreender seus erros e injustiças feitas a mim, pois eu compreendo os meus erros, sou tão culpado quanto você. Talvez eu tenha sonhado muito e na hora da alegria você estava, mas na minha dor, você se afastou e isso revelou que nunca seríamos felizes.
Eu me recompus com muita dor, hoje não sinto mais nada por você, mas sinto vergonha da minha insistência. Penso que minha insistência serviu para expurgar de dentro de mim, a fantasia ingênua dos sonhos mais puros.