Evoluir para quê?
Thomas Hobbes (1588 – 1679) no seu livro “Leviatã” faz uma referência que, em princípio pode ser divertida, mas tem também seu lado trágico: “Além do mais, não é dos homens no poder que falo, e sim (em abstrato) da sede do poder (tal como aquelas simples e imparciais criaturas no Capitólio de Roma, que com seu ruído defendiam os que lá dentro estavam, não porque fossem quem eram, mas apenas porque lá se encontravam) …”.
Quinhentos anos depois, Hobbes poderia dizer o mesmo aqui no Brasil sobre “aquelas simples e imparciais criaturas no Supremo Tribunal Federal, que com seu ruído defendem os que lá dentro estão, não porque sejam o que são, mas apenas porque lá se encontram) …”
Para essas “criaturas” é indiferente se parte dos ministros não tem o “notável saber jurídico” e a outra parte, se o tem, trocaram a indispensável ética para o exercício do cargo que ocupam pelo uso deste como instrumento para alcançarem objetivos mesquinhos e “não estão nem aí” para esses que os aplaudem.
Afinal, que dará importância aos que riem enquanto têm sua carne rasgada, anestesiados pela própria ignorância?