(Des)agradar ...

Eles desejam mudança. Querem que os tratem bem, com o respeito e a dignidade que merecem. Mas não movem um centímetro se quer para que isso aconteça, para que tal mudança aconteça. Para que ao menos possam suportar-se. Os relacionamentos, as trocas de experiências, os diálogos, as amizades – tudo – se constrói quando cada um diz sim para cada um – já dizia Clarice. Para um relacionamento existir, no mínimo, deve-se haver duas pessoas, dois seres, duas áureas. "Uma andorinha só não faz verão", esqueceram? E por mais que queiramos, não temos a obrigação de agradar a ninguém, menos ainda agradar a todos, jamais conseguiremos tal intento. Quando teimamos em o fazer, acabamos não sendo nós mesmos, não nos reconhecendo – mas são as aparências que importam, certo? Errado. É o que você sente que importa, é você conseguir estar bem consigo mesmo, não indo de encontro aos seus princípios. Quantas pessoas encontram-se hoje adoentadas – física e mentalmente – por não viverem a própria vida, mas a vida do outro? Por fazer o que agrada mais a ciclano ou beltrano e não a si próprio? Um momento acordamos, a máscara cai, as cortinas se fecham e o que fizemos com a nossa vida? Saibamos conviver, isso é o básico, mas agradar?! Paremos de autoanulações.