Nada Mais...

As noites são longas nos momentos de pesadelos, o universo, torna-se pequeno quando uma palavra destrói seu viver por um segundo, lágrimas, traduzem uma só pergunta...

- O que fiz?

Sem qualquer resposta os segundos infinitos dessas horas infiéis, que, machucam o peito sente. Nos fazendo encolher entre travesseiros na tentativa de aliviar a suposta dor da alma, então, um alguém chora. Lembranças veem a tona quadro por quadro, sintetizados pelo filme vivo da consciência, lugares, palavras, ações, tantos foram seus gestos verdadeiros, quê, esqueceu que, a verdade assusta até aqueles que dizem preferi-la, mas, porque machucar alguém que na crença das suas palavras inocentemente se abriu?

Foram tantos risos nas noites sentindo a brisa do mar, foram tantos olhares num horizonte banhados de lugares visitados, contudo, você se perguntou porquê. Se perguntou por que como uma única palavra, feriu um inocente.

Não!

Por que o faria!..

"Não se encaixa" essas foram suas palavras, em sua natureza austera, talvez, de alguma forma, agiu premeditadamente, e, ele apenas não prestou atenção, ou, se prestou, preferiu dar-lhe o ônus da dúvida. Seja qual for...

Seja como for, preferiu sangrar o peito que à acolheu.

É uma frieza sulina?

São os reflexos do ontem?

Além das suas perdas, o que ganhou?

É bem verdade que nossos mundos diferem, o tão almejado "encaixar" da vida, resumi-se na forma com quê, encenamos nossas verdades. A vida tem seus propósitos simples aos olhoscde quem vê, e o meu, era simplesmente manter essa amizade, nada mais...

Texto: Nada Mais...

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 29/11/2023 às 12:29