ATO DE CONFIANÇA
A ave que s’escondia por dentro do arvoredo não tem mais medo
É verdade
Ao que s’entrega [confiantemente] para a Vida ... que [d'ela] cuida
O receio d’outrora eis que foi embora
No que nest’hora vede a ser ... outr’história
A mão que afaga... não mata
Jamais
Ainda que alguém diga o contrário
Alguém insensato ou revoltado co'a vida eu diria
E por que abateria aquela inocente avezinha?
Não, mãos que cuidam [e que amam] não matam
Matar uma inocente vida por uma mão que co'amor a afaga?
Só uma escur'alma tal maldade assim [co'ela] o faria
E aqui estamos... todos
Entregues à confiança das mãos da Vida?
Talvez nem tanto
Ou talvez, nada
Ainda temos [conosco] muitas reservas
E, assim, até este tempo, muito inseguros nos sentimos
Por que não “confiamos”?
Quem viva certeza teria para a Vida s’entregar ... sem medo?
Faltar-nos-ia a Fé ou, quiçá, a Esperança
no que nesta é posta ... a confiança?
No que será [n’ela] lúcida posta, e não uma cega aposta
Oh, não!
Contudo, ai! quanta coragem precisa se faz... no tempo
Viver de verdade é s’entregar
Como quem nest’hora ao sono cede
E não luta [mais] contr’ele
E, portanto, se oferta sem receio “do depois”... que virá
E caso perca o medo, oh! co’a coragem se acha
(E acha ... tudo)
E não permite que nenhum’angústia novamente a roube... de si mesma
A confiança será sua, então, fortaleza
Não existe fé ... sem confiança
E a Vida não trai os seus filhos a d’eles esconder a Esperança
E embora Fé não seja “crença”, faz-se sempre preciso confiar... em si mesmo
Tal como a ave a s’entregar ao seu primeiro voo
E assim, acreditar é preciso
A saber, [por antecipação], que [ela] não irá morrer
E a Vida não irá lhe matar (esta que lhe ampara)
Esta que tanto a ama
Não, não e não
A ave está segura ... quanto a isto
E ela está segura... pelas mãos da Vida
A Vida que sempre a segura... em suas [místicas] mãos
Mas não a prende (jamais)
E eis que agora ela deseja ... [e precisa] voar
28 de novembro de 2023
IMAGENS: FOTOS PARTICULARES (REGISTRADAS POR CELULAR)
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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
ATO DE CONFIANÇA
A ave que s’escondia por dentro do arvoredo não tem mais medo
É verdade
Ao que s’entrega [confiantemente] para a Vida ... que [d'ela] cuida
O receio d’outrora eis que foi embora
No que nest’hora vede a ser ... outr’história
A mão que afaga... não mata
Jamais
Ainda que alguém diga o contrário
Alguém insensato ou revoltado co'a vida eu diria
E por que abateria aquela inocente avezinha?
Não, mãos que cuidam [e que amam] não matam
Matar uma inocente vida por uma mão que co'amor a afaga?
Só uma escur'alma tal maldade assim [co'ela] o faria
E aqui estamos... todos
Entregues à confiança das mãos da Vida?
Talvez nem tanto
Ou talvez, nada
Ainda temos [conosco] muitas reservas
E, assim, até este tempo, muito inseguros nos sentimos
Por que não “confiamos”?
Quem viva certeza teria para a Vida s’entregar ... sem medo?
Faltar-nos-ia a Fé ou, quiçá, a Esperança
no que nesta é posta ... a confiança?
No que será [n’ela] lúcida posta, e não uma cega aposta
Oh, não!
Contudo, ai! quanta coragem precisa se faz... no tempo
Viver de verdade é s’entregar
Como quem nest’hora ao sono cede
E não luta [mais] contr’ele
E, portanto, se oferta sem receio “do depois”... que virá
E caso perca o medo, oh! co’a coragem se acha
(E acha ... tudo)
E não permite que nenhum’angústia novamente a roube... de si mesma
A confiança será sua, então, fortaleza
Não existe fé ... sem confiança
E a Vida não trai os seus filhos a d’eles esconder a Esperança
E embora Fé não seja “crença”, faz-se sempre preciso confiar... em si mesmo
Tal como a ave a s’entregar ao seu primeiro voo
E assim, acreditar é preciso
A saber, [por antecipação], que [ela] não irá morrer
E a Vida não irá lhe matar (esta que lhe ampara)
Esta que tanto a ama
Não, não e não
A ave está segura ... quanto a isto
E ela está segura... pelas mãos da Vida
A Vida que sempre a segura... em suas [místicas] mãos
Mas não a prende (jamais)
E eis que agora ela deseja ... [e precisa] voar
28 de novembro de 2023