Minha Embarcação.
Minha Embarcação.
Viajando nas trilhas das escritas insanas do meu pensar, meus pensamentos se perdem nas veredas da razão, perdido, encontra-se às margem da velha enseada onde vi a Nau sumir no horizonte.
Velejando em calmarias sobre mares revoltos da minha criação, estendo na linha imaginária desse horizonte um arquipélago de frases, algumas enterradas em segredos, outras, queimando sob as areias no intuito de obter salvação.
Minha embarcação, pintada na tela branca pelas mãos astuta de uma senhora, retratou nitidamente a frase dita com o intuito de menosprezar a capitania ao qual o barco pertence.
Agora perguntas são formadas ao longo das encostas, dúvidas formam arrecifes onde a pouca profundidade afunda qualquer chance de novos cursos, e o que resta são apenas pedaços de lembranças que chegam a praia onda por onda fazendo-me sorrir.
Das pilhagens saqueadas ao longo da pirataria não temos ao certo quem perdeu, se o pirata que acreditou na pirita, ou, o reino que planejou o saque. Sem guerras, sem trincar das espadas nas noites sem luar, portos ficaram vazios tendo apenas como telespectador letras tentando no velejar, viajar por outros oceanos.
Texto: Minha Embarcação.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 26/11/2023 às 20:06