Tempo congelado.
O relógio preso na parede, aponta a hora marcada, meus olhos presos em um submundo, emergem na imensidão de pensamentos. A cadeira antes desconfortável, ao ponto de machucar cada centímetro da coluna, se tornou confortável e relaxante. Os olhos que antes estavam secos e despistos, brilham como um diamante. Embarcando em memórias passadas, o coração pulsa forte no peito, o sorriso liberto alarga a cada lembrança, trazendo a sensação da dor da saudade. Os olhos cor de jabuticaba enlaçam meu corpo em um rio de tristeza, me sinto presa e entrelaçada em uma parte da vida que não tem como opção retomar. Antes, minha mente não entrava em colapso ao imergir na lembrança de um rosto dócil, mas hoje, sinto como pontadas e facas, ao notar que a cada vez que a saudade me invadir, não poderei embarcar na viagem dos olhos castanhos, onde tudo o que eu desejava, era encher aquela alma de um amor imensurável.
Ao retornar para a realidade, sinto vozes a me procurar, fazeres a completar estragam tudo o que penso, agora preciso correr contra o tempo, pois ele havia parado para mim.