Um Dia Comum.

Um Dia Comum.

São 5:37 da manhã. Vozes começam a surgir, assim como, um turbilhão de perguntas são formuladas, oras feitas, oras antigas, oras apenas insistentes. Algumas chegam até mesmo com respostas já feitas, outras sem respostas alguma, ou, até mesmo, aquelas sem querer obter-las...

Passa um personagem diurno de todas as Quartas-Feiras semanais, retribuindo um olá, um alô, um como vai, seguido de uma educação sem qualquer interesse educado de revelar-se.. Estas respostas prontas me dizem tudo bem, na boa, entre outras palavras repetidamente juradas. Caminhamos sem certeza do que buscamos, buscamos uma certeza de continuar, e, continuamos com a certeza de que tantas incertezas virão ao longo do dia.

Pontos batidos, folhas assinadas, ordens forjadas, reclamações deliberadas constroem a labuta de um "Bom dia", enquanto nossos sonhos surgem acordados misturando-se ao dever e prazer. Nesse tumulto sentimental ainda tem espaço para o desejo dos nossos filhos, o desejo de mudarmos algumas atitudes rente ao companheiro (a), o arriscar daquele encontro no momento amante em segundos, muitas vezes, ao som da panela de pressão, do bater de caixas, ou, do dedilhar de teclas mortas.

05:54, pessoas correm de um lado para o outro, pedintes e drogados, escorados dão um roque a mais no cenário, pelos cantos de uma rua sem canto ou encanto algum, um carro chega ao prédio, outro sai, desenhando a vida nossa de cada dia. Porteiro com a mão no queixo, com o olhar perdido na folhagem da árvore à frente retribui um "Bom" com aceno, e, um sorriso amarelo sem gosto, ainda voltado para a folhagem, deixa cair sutilmente uma lágrima.

Quantas tristezas, cabem em tamanhas alegrias?

Quantas alegrias, são capazes de produzir tamanhas tristezas?

No pensamento daquele porteiro uma dor, uma alegria, ou talvez, apenas um cisco do momento é o algoz do sentir, mas, quem poderá dizer ao certo. Certamente ele esconde em segredo, certamente dirá em segredo para alguém de sua confiança, em alguns casos, certeiro/decidido em silêncio, se confessara à uma corda que o livrara de tal tormento. Como a alegria tem sua face brilhante, a tristeza revela-se opaca como neste caso. Recostado no poste com a placa que diz: "Madame Zolla trás sua felicidade, amor, e, dinheiro...

Rsrsrs " tão irônico, quanto desejável, ela esta ali...

No meu pensamento, as tantas buscas pela tal felicidade desconhecida pela madame", tantos amores vividos nos caminhos traçado por mim, à mim, assim... e, tantos dinheiro quanto pude obter em cada fase.

Um senhora conversa com outra sobre seu cachorro e as bagunças feitas por ele, riem, tocam-se, apostam delicadamente quem melhor tem o melhor; filhos, casas, profissões, até, o melhor "Iphone"... Pois é: Quanto mais caro... "Mais dividas tenho", mas, o vizinho não precisa saber... E, continuam sorrindo.

Colegas chegam segundos após segundos, observando as indumentárias dos demais, seus assessórios, o andar, eu que, sentado escrevo no meu mundo, não literário, pois, seria ousado demais dizer, mas, onde despejo meu pensar para um bloco de notas, que, com atenção, ouve-me...

Em apenas um dia, observando bem, tantos livros são escritos à beira das tantas calçadas imaginárias, reais, se suas mãos assim desejar.

Bom dia a todos!

Texto: Um Dia Comum.

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 17/11/2023 às 06:05

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 17/11/2023
Código do texto: T7933704
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