O amor ao próximo na história

Capítulo 3 - O Amor ao Próximo na História

Neste capítulo, analisarei exemplos históricos de líderes e movimentos, que defenderam o amor ao próximo, como base para superar conflitos e promover, a reconciliação entre os povos.

Martin Luther King Jr. foi um pastor batista, norte-americano, que liderou o movimento pelos direitos civis, das populações negras nos Estados Unidos, entre os anos 1950-1960. Suas campanhas de ação não-violenta e sua eloqüente defesa da igualdade e fraternidade, entre todas as raças, inspiraram milhões. Sua luta pelo fim da segregação racial, mostrou como o amor e o respeito mútuo, podem superar anos de opressão e divisionismo.

Mahatma Gandhi, foi o líder espiritual, da independência da Índia, do domínio britânico, entre 1920-1947. Seu exemplo, de desobediência civil pacífica e sua busca incansável, pela não-violência, como meio de resolução de conflitos, marcaram sua época. Ele mostrou que a força do amor, é sempre mais poderosa do que o ódio.

Nelson Mandela, liderou a luta contra o apartheid, na África do Sul, por décadas, sendo preso por 27 anos. Após a queda do regime segregacionista, buscou a reconciliação nacional por meio do perdão e da instauração, de uma Comissão da Verdade. Sua moderação, evitou uma guerra civil no país.

Uma importante figura latino-americana, é Luiz Inácio Lula da Silva.

Sindicalista operário, dedicou sua vida, à luta pelos direitos dos trabalhadores e pelos mais pobres. Em seus governos (2003-2010), mais de 20 milhões de brasileiros, saíram da pobreza extrema, devido a programas sociais de distribuição de renda. Sempre pregou a solidariedade entre ricos e pobres, como elemento central, para a construção de uma nação justa e harmônica. Foi um exemplo, do que o amor ao próximo pode alcançar, quando traduzido em políticas públicas inclusivas.

Esses líderes históricos, exemplificaram de forma inspiradora, como o amor ao próximo pode superar grandes injustiças e promover, a reconciliação entre os povos. Suas heranças ainda nos guiam, nessa busca por uma humanidade mais fraterna.

Uma das maiores conquistas, do movimento pelos direitos civis, liderado por Martin Luther King Jr., nos EUA, foi a aprovação da Lei dos Direitos Civis de 1964. Essa legislação, proibiu qualquer forma de discriminação, baseada na raça, cor, religião, sexo ou origem nacional, em empregos e locais públicos, desfazendo a segregação racial no país.

Outro marco importante, foi a Lei dos Direitos de Voto de 1965, que visava superar os obstáculos colocados ao eleitorado negro no Sul dos EUA, por meio do fim dos testes de alfabetização e outras formas sutis, de restrição do voto.

No plano simbólico, a marcha de 1963 em Washington foi fundamental. Nela, King proferiu seu famoso discurso "I have a dream", no qual defendeu que os filhos dos ex-escravos, pudessem um dia, "beber do copo da liberdade e da justiça". O impacto desse momento, consolidou a luta por direitos civis, na consciência americana.

Por fim, é impossível não mencionar a lei de 1968, que declarou o feriado nacional em homenagem a King. Isso reconheceu seu heroico papel, na luta contra o racismo institucionalizado e o seu sonho de uma sociedade, verdadeiramente inclusiva e igualitária. Seu legado transformou para sempre, a realidade dos afro-americanos.

O assassinato de Martin Luther King Jr., aconteceu na noite de 4 de abril de 1968, em Memphis, Tennessee.

Naquele dia, King tinha viajado para Memphis, para liderar uma marcha de solidariedade, aos trabalhadores sanitários negros da cidade, que estavam em greve, reivindicando melhores salários e condições de trabalho.

À noite, por volta das 18h01, enquanto King conversava com outros líderes no quarto 306 do Lorraine Motel, um tiro foi disparado contra ele por James Earl Ray, um criminoso branco, segregacionista. O tiro, perfurou a primeira vértebra cervical de King e o matou na hora.

A morte do maior líder dos direitos civis, chocou a nação e o mundo. Estava no auge de sua carreira, aos 39 anos. Seu trabalho incompleto de combate ao racismo, deixava claro como ainda era visado, pelos defensores da segregação racial.

Houve uma onda de revoltas, em mais de 100 cidades dos EUA após o assassinato. A população negra, expressava sua raiva e frustração. A morte de King, evidenciou os riscos enfrentados, por qualquer um que ousasse lutar contra o establishment racista da época.

Seu funeral reuniu mais de 300 mil pessoas em Atlanta e foi um marco na continuidade da luta. King deixou claro que a única forma de superar o ódio é pelo amor, mas o custo de tal mensagem era alto demais para alguns. Sua morte prematura foi um martírio, na causa da luta por justiça social.

Barthes.

BARTHES
Enviado por BARTHES em 13/11/2023
Código do texto: T7930812
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