NÁUFRAGA DE SENTIMENTOS
Mais uma segunda-feira,
Mais uma dor que se insinua,
Mais uma ausência que continua,
Mais lágrimas que não cessam,
Mais negação que me atravessa,
Mais dor que arde em meu peito,
Mais tormentos que não respeito.
Não durmo,
Não como,
Não estudo,
E tento desesperadamente esquecê-lo.
Mas sua imagem permanece à vista,
Olhando-me com tristeza,
Pois sei que também sofres,
E sinto essa certeza.
Não é ilusão,
É pura percepção!
Como eu queria estar perto e longe ao mesmo tempo,
Abraçá-lo eternamente, mas ao mesmo tempo odiá-lo.
Mas esses antagonismos não me pertencem,
Só tenho a minha dor,
E as lágrimas que caem, incessantes,
Só o silêncio me resta,
E o caos que me atesta.
Estou confusa!
Esses sentimentos me deixam assim,
Ouço música,
Olho em volta,
Mas tudo ainda reside em mim.
Deus, a Ti eu rogo,
Tira de mim este peso,
Este mar revolto,
Onde estou perdida,
Sem saber a direção,
Sem encontrar a saída.
Que a Tua luz me guie e me acalme o coração,
Que eu encontre paz nas ondas desse mar,
E que, ao fim dessa tempestade, eu veja o sol brilhar,
Mostrando o caminho, revelando a direção.