Grita!!! na escrita...
Eu olho para minha vida, e me pergunto, se você tem retorno para o que faz, quando virá os das pessoas que pensam ter o direito de te tratar como bem queira. Essa, a velha história de opressão masculina. A romantização dos que forem da "familia". Conheci, desde minha própria casa, a dita opressão. Por onde vou. Porque, é a história da cor e do gênero. E eu, nas vivências de mulher, o que mais conheço são os piores lados da masculinidade, mas por um ou outro que me cruze o caminho, vou acreditando na existência do também oposto. Se não tem agressão física, em realidade não tem quem a defenda. É você, por você. Eu só posso apostar de fato, em um futuro desenvolvimento econômico, e nos meus talentos. E que se minha escrita, é a dor pronunciada na esfera mais profunda. Cada humilhação, cada estigmatização. A mulher preta, não pode demonstrar sensibilidade, perante o mundo. Lhe exige, diariamente, a força "masculina". Mas, que seja na escrita, principalmente nela, todos os gritos possíveis, toda a revolta necessária. E que seja externalizada, para o mundo. Que a escrita, a mais expressa manifestação de quem sente, é ferida permanente. Verbalizar, é tudo o que queremos. Verbalizar, artisticamente, a poeta se atreve. Dói, corta, mata, mas é a necessidade mais urgente. Extraindo do sofrimento. É a velha história, que a "humanidade", finge enxergar e nunca enxerga de fato. É quem te grita, expressando "possuir direito", e se você gritar? As estereotipações, estão mais que prontas. Se dedique a aprender, você irá, irá conhecer, mas só faça se suportar. A respiração, ato involuntário, escapa muitas vezes para o ansioso. Imagine, pense, viver? Sobreviver...Até isso. Prezados, ninguém te olha, vai te olhar, como essa dor. Como a consciência, mais cunhada do saber. Ahhhhhhhhhh. Não há mal que cesse, mas não há provações sem explicações, mais profundas. Me seguro, nisso como fio do limiar da vida. Eu sei do que falo...