Caminho lentamente pela rua deserta.
Noite fria.
Escura.
Apenas a lua e as estrelas acompanham meu andar solitário.
Na escuridão, destroços de uma antiga civilização.
De cultura mediana.
Conhecimento mediocre.
Acreditaram nos falsos profetas.
Que plantaram a destruição no planeta.
Vultos perambulam pela cidade, como zumbis a espera da morte, que já ocorreu.
Choro e tristeza estão no ar, céu e mar.
De amor sem pudor.
Da emoção desenfreada.
No horizonte o cavaleiro do apocalipse se aproxima.
Para o golpe final.
Fatal.
Como o feto no ventre da mulher.
Pronto para nascer.
Que chora dores de parto.
No quarto.
Na penumbra alguém chega.
Sorrateiro.
Zombeteiro.
Para dizer que o mundo acabou.
Mas ainda tem tempo para um café.
No bule.
Xícara fumegante.
Sorriso radiante.
Onde tudo termina logo mais adiante.