Trovoando Pelo Mundo.
Me disseram que minha vida parece um filme. Daqueles de aventura, onde você gostaria de se encaixar no mundo do protagonista.
Eu gosto de perceber a visão romantizada das pessoas sobre minha coragem de pegar meu carro e viajar sozinha por meses, levando uma mala, uma mochila, guitarra e muita caneta.
Gosto de levar a minha vida dessa forma. O que ela situar, eu movo pelo sentir. Agora entendo o que os grandes poetas dizem sobre deixar a vida nos guiar.
Em 1993, Paulinho da Viola dizia que quem o navegava era o mar, e não ele mesmo. De alguma forma, gosto de me assegurar na novidade constante que é o meu seguir confiando no instinto da minha vida - que não é minha.
E nessa questão, me pergunto: Quem move a minha vida se não eu mesma?
imediatamente penso em Petricor, meu azul, no trovejar, sinos de vento, montanhas, aquela do Marcelo Jeneci e mil e uma frações cabíveis que despertam o meu movimentar. Ele vem do sentir - o som caminha mais devagar que a luz.
Posso dizer que se minha vida é esse filme que dizem ao ver minha coletânea, a protagonista não sou eu. O meu sentir me move e eu decido confiar.