Uma nota no rodapé
Eis que o homenzinho já não conseguia apreciar o brilho das estrelas como antigamente.
Seria devido ao fato de morar em uma cidade excessivamente luminosa em suas noites?
Seria talvez pelas nuvens que acobertavam os céus noturnos na maior parte do ano?
Ou seria devido sua miopia imposta-lhe pelos demais?
Em uma ponta da corda: o soar do bandolim que possivelmente nunca será ouvido.
Na outra ponta: o cessar da respiração angustiante, da espera, da esperança, do seu próprio brilho.
Quem destruiu o homenzinho?
Seus ideais ingênuos contra a caótica realidade mundana?
Ou sua tentativa de ajudar quem não precisava?