A violência é culpa dos videogames?!
Em não poucas músicas, e em muitos filmes, agáques e games faz-se a apologia da violência; e é inegável que o teor de tais peças lúdicas influenciam as pessoas, participando-lhes da mentalidade e, consequentemente, do comportamento.
Sempre que arruaceiros promovem um quebra-quebra, em qualquer canto do planeta, faz-se de produtos lúdicos de mau gosto os bodes expiatórios.
Explica-se revoltas de muçulmanos em terras francesas e em outras terras unicamente impingindo aos videogames, aos filmes, enfim, à indústria lúdica, a ação violenta, e nenhuma associação se faz ao espírito do movimento jihadista, milenar, e aos movimentos políticos revolucionários seculares, que dos escombros de uma civilização morta, por eles destruída, querem erigir nova civilização, a que lhes tem a imagem e a semelhança. A arruaça que se viu nos EUA, em 2020, e na França, há poucas semanas, as orquestraram organizações políticas que ambicionam, por meio do caos social, o fortalecimento do Estado, e uma nova ordem mundial totalitária, seja ela de qual matriz supostamente ideológica seja.
Não são ações espontâneas que nascem da indignação popular as quebradeiras às quais se assiste de tempos em tempos.
O Brasil assistiu, há uma década quase, à arruaça que aquele grupo que não admitia o aumento do valor da passagem de ônibus - a turma do "não é pelos vinte centavos". Movimento espontâneo, que nasce da indignação popular?! Os arruaceiros estavam sob influência de games, de filmes e de músicas que enaltecem a violência?! Em parte, talvez. A resposta, a correta, entendo, está na grana que se injetou em tal movimento.