D'aquilo que está porvir

Ouve tu à minha súplica flamejante

uma sede esguia

que por anos se afia

e o vento presenteia com harmonia

a minha sede

a tua

e a dele.

O fluído mercurial que sessa a sede

usa da vida e da morte

da loucura e da inteligência

amigo de Deus e Satã

beberás do cálice e não te embriagarás.

O amor desinteressado sem desejo

a voz do silêncio

os mistérios do coração

eis algumas considerações que a'quele que toca os lábios no santíssimo cálice deve se recordar.

Retire os sapatos ao entrar.

J P P Pedron
Enviado por J P P Pedron em 24/10/2023
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