D'aquilo que está porvir
Ouve tu à minha súplica flamejante
uma sede esguia
que por anos se afia
e o vento presenteia com harmonia
a minha sede
a tua
e a dele.
O fluído mercurial que sessa a sede
usa da vida e da morte
da loucura e da inteligência
amigo de Deus e Satã
beberás do cálice e não te embriagarás.
O amor desinteressado sem desejo
a voz do silêncio
os mistérios do coração
eis algumas considerações que a'quele que toca os lábios no santíssimo cálice deve se recordar.
Retire os sapatos ao entrar.