SUMIDOURO
Sem um café filosófico Está vivo e bem morto, Inerte e entorpecido Por uma droga do nada... Num mundo distópico, Sem nenhum conforto, Que no tempo perdido Empaca a sua caminhada.
Vivendo num sumidouro Sem lente e sem espelho Para o seu olhar cego Perceber uma nova imagem. Perdendo a prata e o ouro Do reino do sol vermelho, Dependurado em um prego Que prende a sua miragem...
Para não ter mais imaginação Para ressuscitar a sua prana E poder sair do campo hostil Que não vinga mais uma flor. Para, no seu tosco coração, Não renovar a força soberana E, não voltar a ser a pessoa viril, Com uma sombra no esplendor...