Ozônio e velhice
Título: Ozônio: uma molécula bioativa natural, com propriedade antioxidante, como potencial nova estratégia no envelhecimento e em doenças neurodegenerativas.
Resumo:
Este texto acadêmico, tem como objetivo desenvolver o artigo intitulado "Ozônio: uma molécula bioativa natural, com propriedade antioxidante, como potencial nova estratégia no envelhecimento e em doenças neurodegenerativas". O artigo, de autoria de Catia Scassellati et al., foi publicado em novembro de 2020 na revista Envelhecimento Res Rev.
Introdução:
Envelhecimento e doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer e o Parkinson, são problemas de saúde cada vez mais comuns em todo o mundo. O aumento da expectativa de vida,torna necessário buscar novas estratégias, para retardar o envelhecimento e tratar essas doenças de forma eficaz. Nesse contexto, o ozônio tem despertado interesse, como uma potencial nova abordagem terapêutica. O ozônio é uma molécula bioativa, naturalmente presente na atmosfera e possui propriedades antioxidantes, que podem desempenhar um papel importante, na proteção contra o estresse oxidativo e no combate a doenças, associadas ao envelhecimento e à neurodegeneração.
Propriedades antioxidantes do ozônio:
O ozônio possui propriedades antioxidantes, devido à sua capacidade de doar elétrons, para neutralizar os radicais livres, que são moléculas instáveis altamente reativas. Os radicais livres, são produzidos naturalmente no organismo, durante processos metabólicos e também podem ser formados em resposta a estímulos externos, como a exposição a poluentes e radiação ultravioleta. O acúmulo de radicais livres, causa estresse oxidativo, o que leva ao dano celular e está associado ao envelhecimento e às doenças neurodegenerativas. A ação antioxidante do ozônio, pode proteger as células contra esses danos, reduzindo assim o risco de doenças, relacionadas ao envelhecimento e à neurodegeneração.
Efeitos do ozônio no envelhecimento:
Além de suas propriedades antioxidantes, o ozônio também demonstrou, ter efeitos positivos, no envelhecimento, em estudos experimentais. Estudos envolvendo modelos animais, mostraram que a terapia com ozônio, pode melhorar a função cognitiva, retardar o declínio motor e reduzir a inflamação, associada ao envelhecimento. Esses efeitos, podem ser atribuídos, à capacidade do ozônio de melhorar o metabolismo energético das células, promover a regeneração celular e modular a resposta imunológica. No entanto, mais pesquisas são necessárias, para entender os mecanismos exatos, pelos quais o ozônio exerce seus efeitos benéficos, no envelhecimento.
Efeitos do ozônio, em doenças neurodegenerativas:
Além do envelhecimento, o ozônio também tem mostrado potencial, na proteção contra doenças neurodegenerativas. Estudos em modelos animais, bem como em culturas de células, sugerem que o ozônio, pode diminuir a formação de placas beta-amiloide e emaranhados neurofibrilares, características patológicas, observadas na doença de Alzheimer. Além disso, o ozônio pode reduzir a inflamação neuronal, melhorar a função mitocondrial e promover a sobrevivência celular, em modelos de doenças neurodegenerativas.
Conclusão:
O ozônio emerge, como uma nova estratégia terapêutica, promissora no envelhecimento e em doenças neurodegenerativas. Suas propriedades antioxidantes e seus possíveis efeitos, na melhoria do metabolismo energético, regeneração celular e modulação da resposta imunológica, fazem dele um agente interessante a ser explorado. No entanto, é importante ressaltar, que mais estudos são necessários para entender melhor, os mecanismos pelos quais o ozônio exerce seus efeitos benéficos e para avaliar, sua segurança e eficácia como terapia.
Ozônio: uma molécula bioativa natural com propriedade antioxidante como potencial nova estratégia no envelhecimento e em doenças neurodegenerativas
Catia Scassellati et al. Envelhecimento Res Rev. 2020 Nov.
Artigo gratuito do PMC
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Envelhecimento Res Rev
. 2020 Nov:63:101138.
DOI: 10.1016/j.arr.2020.101138. EPub 2020 15 de agosto.
Autores
Cátia Scassellati 1, Antônio Carlo Galoforo 2, Cristian Bonvicini 3, Ciro Esposito 4, João Ricevuti 5
Afiliações
1Unidade de Psiquiatria Biológica, IRCCS Istituto Centro San Giovanni di Dio Fatebenefratelli, Brescia, Itália. Endereço eletrônico: c.scassellati@fatebenefratelli.eu.
2Sociedade Científica de Oxigenoterapia (SIOOT), Gorle, Itália; Universidade de Pavia, Pavia, Itália.
3Laboratório de Marcadores Moleculares, IRCCS Istituto Centro San Giovanni di Dio Fatebenefratelli, Brescia, Itália.
4Departamento de Medicina Interna e Terapêutica, Universidade de Pavia, Itália; Unidade de Nefrologia e Diálise, ICS S. Maugeri SPA SB Hospital, Pavia, Itália; Ensino Médio em Geriatria, Universidade de Pavia, Itália.
5Departamento de Ciências da Droga, Universidade de Pavia, Itália; P.D. High School em Geriatria, Universidade de Pavia, Itália; St.Camillus Medical University, Roma, Itália.
PMID: 32810649
PMCID: PMC7428719
DOI: 10.1016 /j.arr.2020.101138