QUANDO EU MORRER QUERO SER ESQUECIDO
Se [eu] tenho amigos?
Não sei
Tomo uma taça de vinho seco agora
Um saboroso Vinho do Porto
Ao qu’eu faço [isto] todos os dias (como n’um ritual)
E tomo sozinho (como sempre!)
Não que meus amigos não gostam de vinho
Oh! eles gostam, sim, e muito
Na verdade, eles adoram
O qu’eles não gostam [talvez!] seja da minha companhia
(Embora eu penso o mesmo deles!)
E acaso m’importarei co’a indiferença de meus “amigos”?
De mod’algum
Que [eles] fiquem no espaço em qu’estão
E, se possível, bem longe
Sobrará [para mim] mais vinho
Não entendo o desdém que muitos têm por minha humilde pessoa
Ao que dão a entender que até querem “desistir de mim”, sei lá!
E, outrora, confesso que até tentei entender
Eu que [sempre] procurei seguir as difíceis leis de convivência
e [falsas] relações sociais
E até consigo “suportar” as “debilidades morais” de tantos
O que para mim, trata-se d’uma enorme desvantagem:
Ter que satisfazer ... os outros ( e a mim negar!)
Todavia, não sigo todas as regras, ao qu’eu não consigo ser hipócrita
Ai! que bobagem e que perda de tempo em me preocupar com certas coisas!
Mas admito ser uma grande “tentação”
Bem, e depois de praticamente uma vida adulta inteira a tomar o meu
vinho sozinho, qual a decisão qu’eu tomei (e qu'eu peço)?
Direi, então:
Não quero que ponham suas mãos em meu caixão
Não, não quero, eu imploro
Quando eu morrer, que vão para a puta que pariu estes “meus amigos”
Sim, que m’esqueçam estes que pouco [ou nunca] se lembraram
de mim [enquanto eu estava ... vivo]!
Carlos Renoir
Rio de Janeiro, 22 de outubro de 2023
IMAGENS INTERNET
MÚSICA: “NEGO VÉIO QUANDO MORRE” – OS ORIGINAIS DO SAMBA
https://www.youtube.com/watch?v=6TaRPWzkn94
https://www.youtube.com/watch?v=WN9zRDtyYzs
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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
QUANDO EU MORRER QUERO SER ESQUECIDO
Se [eu] tenho amigos?
Não sei
Tomo uma taça de vinho seco agora
Um saboroso Vinho do Porto
Ao qu’eu faço [isto] todos os dias (como n’um ritual)
E tomo sozinho (como sempre!)
Não que meus amigos não gostam de vinho
Oh! eles gostam, sim, e muito
Na verdade, eles adoram
O qu’eles não gostam [talvez!] seja da minha companhia
(Embora eu penso o mesmo deles!)
E acaso m’importarei co’a indiferença de meus “amigos”?
De mod’algum
Que [eles] fiquem no espaço em qu’estão
E, se possível, bem longe
Sobrará [para mim] mais vinho
Não entendo o desdém que muitos têm por minha humilde pessoa
Ao que dão a entender que até querem “desistir de mim”, sei lá!
E, outrora, confesso que até tentei entender
Eu que [sempre] procurei seguir as difíceis leis de convivência
e [falsas] relações sociais
E até consigo “suportar” as “debilidades morais” de tantos
O que para mim, trata-se d’uma enorme desvantagem
Ter que satisfazer ... os outros ( e a mim negar!)
Todavia, não sigo todas as regras, ao qu’eu não consigo ser hipócrita
Ai! que bobagem e que perda de tempo em me preocupar com certas coisas!
Mas admito ser uma grande “tentação”
Bem, e depois de praticamente uma vida adulta inteira a tomar o meu
vinho sozinho, qual a decisão qu’eu tomei (e qu'eu peço)?
Direi, então:
Não quero que ponham suas mãos em meu caixão
Não, não quero, eu imploro
Quando eu morrer, que vão para a puta que pariu estes “meus amigos”
Sim, que m’esqueçam estes que pouco [ou nunca] se lembraram
de mim [enquanto eu estava ... vivo]!
Carlos Renoir
Rio de Janeiro, 22 de outubro de 2023