DOR QUE SE SENTE SÓ
Lá os meus pés tinham direção, fiz uma caminhada precisa, com tropeços, pois a precisão se observa ao final quando o resultado é concreto, porém as vezes não interessante para quem quer tirar proveito maior para si mesmo e não para coletividade.
Me penitencio pelos meus erros, mas não me privo de tentar novamente. Embora não queiram observar (por conveniência), sou humano e as vezes preciso chorar: pelos meus defeitos, por confiar em oportunistas, pretenciosos, pelas vanglórias, pelos inertes e pelos manipulados pelos anteriores.
Não duvido da capacidade de ninguém, não subestimo qualquer indivíduo com boa intenção, contudo me ponho atento ao poder desagregador que algumas pessoas alimentam e exercem. Competência não se afirma com critérios singulares de quem escolhe o quê ou quem lhe convém.
Prefiro dizer “cuidado” quando o terreno, situação ou sujeitos apresentam alto risco. Dizer “tamo junto” é fácil quando o resultado pragmático recai apenas sobre uma ou pouquíssimas pessoas, isentando o autor de tal interjeição criada pelo senso comum.
A ficção imita a realidade e algumas pessoas imitam a ficção, buscando fantasiosamente indícios de conspiração, tornando ambientes de coletividade espaços de disputas sem objetivo para o grande grupo.
Sempre me disseram para tomar cuidado com os oportunistas, com os que semeiam discórdia, com os indolentes e apáticos, mas meu instinto de acreditar em um propósito maior muitas vezes me cega e acabo por esquecer que existe em todos estes, um covarde.