DOR QUE SE SENTE SÓ

Lá os meus pés tinham direção, fiz uma caminhada precisa, com tropeços, pois a precisão se observa ao final quando o resultado é concreto, porém as vezes não interessante para quem quer tirar proveito maior para si mesmo e não para coletividade.

Me penitencio pelos meus erros, mas não me privo de tentar novamente. Embora não queiram observar (por conveniência), sou humano e as vezes preciso chorar: pelos meus defeitos, por confiar em oportunistas, pretenciosos, pelas vanglórias, pelos inertes e pelos manipulados pelos anteriores.

Não duvido da capacidade de ninguém, não subestimo qualquer indivíduo com boa intenção, contudo me ponho atento ao poder desagregador que algumas pessoas alimentam e exercem. Competência não se afirma com critérios singulares de quem escolhe o quê ou quem lhe convém.

Prefiro dizer “cuidado” quando o terreno, situação ou sujeitos apresentam alto risco. Dizer “tamo junto” é fácil quando o resultado pragmático recai apenas sobre uma ou pouquíssimas pessoas, isentando o autor de tal interjeição criada pelo senso comum.

A ficção imita a realidade e algumas pessoas imitam a ficção, buscando fantasiosamente indícios de conspiração, tornando ambientes de coletividade espaços de disputas sem objetivo para o grande grupo.

Sempre me disseram para tomar cuidado com os oportunistas, com os que semeiam discórdia, com os indolentes e apáticos, mas meu instinto de acreditar em um propósito maior muitas vezes me cega e acabo por esquecer que existe em todos estes, um covarde.

Tarcízio
Enviado por Tarcízio em 17/10/2023
Reeditado em 31/10/2023
Código do texto: T7910659
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