TEMPOS DA ALMA

 

Como vês, pois, a tua vida?

Oh! Estarias infeliz visto achar ser a vida [para ti] ingrata?

Ou, pelo menos, é como assim a vês ... e a interpretas

Da verdade a ser dita que reclamar [de tudo e, sobretudo, de todos]

eis o vício de muitos

Se existe um sol a iluminar as almas, para quem é realmente

feliz até a sombra [de su’alma] é clara

E qual a razão disto?

Porque não vive n’agonia [escura] da tristeza

Nem em função de ridículos lamentos

Não, não perde com isto ... o seu tempo

Até porque sabe que não pode haver vida sem nenhuma adversidade

 

 

O que colhes em tu’alma pelo que [tanto] sofres?

Ou, por que vives tão mal?

A antig’alegria do infante tempo que não mais volta

Daquele em que não s’havia [ainda] o pensamento (o vaidoso “ego”)

E assim a luz d’aurora dos pueris tempos eis que apagou

E não mais acendeu

A inocência deu o fora ...

Mas, por que assim se fez?

Talvez, por acreditar que a felicidade se acha no mundo afora

e não em si mesmo, no que as coisas e as pessoas [e somente elas]

podem nos dar!

 

 

Oh! Por que crescemos, meu Deus?

Por que não vivemos mais aqueles tempos em que se brigava hoje,

mas que no dia seguinte s’esquecia?

É verdade:

Agora adultos, eis que abrigamos conosco mil mágoas e rancores

Uma multidão de ressentimentos que nunca saem de nossa memória

E “gastamos” co’eles a alma (no que [eles] nos consomem)

E a manchamos [aquela que um dia tão pura foi!]

 

 

É triste ver o “HD” d’alguém a estar cheio de mágoas

E na tentação de relembrá-las, vede-o a ser nocauteado pela raiva

Ao que abriga o nefasto ódio em su’alma

 

 

A vida é tão bela para quem tem seus olhos vivos ... par’ela!

Responda-te para ti mesmo:

Se alguém te ofendeu, ao que ficaste magoado, quanto tempo durou

[por ele] o seu rancor?

Quanto tempo persistiu a sua dor?

Ou não passou?

Seja sincero no que tomo a liberdade em lhe perguntar:

O que é maior em su’alma seria o ódio do Homem ou o amor de Deus?

 

Carlos Renoir

Rio de Janeiro, 16 de outubro de 2023

 

IMAGENS: FOTOS PARTICULARES (TIRADAS POR CELULAR)

MÚSICA: Ani Choying Drolma - Namo Ratna (Great Compassion Mantra)

https://www.youtube.com/watch?v=AAdSUAJ7ngQ

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

TEMPOS DA ALMA

 

Como vês, pois, a tua vida?

Oh! Estarias infeliz visto achar ser a vida [para ti] ingrata?

Ou, pelo menos, é como assim a vês ... e a interpretas

Da verdade a ser dita que reclamar [de tudo e, sobretudo, de todos]

eis o vício de muitos

Se existe um sol a iluminar as almas, para quem é realmente

feliz até a sombra [de su’alma] é clara

E qual a razão disto?

Porque não vive n’agonia [escura] da tristeza

Nem em função de ridículos lamentos

Não, não perde com isto ... o seu tempo

Até porque sabe que não pode haver vida sem nenhuma adversidade

 

O que colhes em tu’alma pelo que [tanto] sofres?

 

Ou, por que vives tão mal?

A antig’alegria do infante tempo que não mais volta

Daquele em que não s’havia [ainda] o pensamento (o vaidoso “ego”)

E assim a luz d’aurora dos pueris tempos eis que apagou

E não mais acendeu

A inocência deu o fora ...

Mas, por que assim se fez?

Talvez, por acreditar que a felicidade se acha no mundo afora

e não em si mesmo, no que as coisas e as pessoas [e somente elas]

podem nos dar!

 

Oh! Por que crescemos, meu Deus?

Por que não vivemos mais aqueles tempos em que se brigava hoje,

mas que no dia seguinte s’esquecia?

É verdade:

Agora adultos, eis que abrigamos conosco mil mágoas e rancores

Uma multidão de ressentimentos que nunca saem de nossa memória

E “gastamos” co’eles a alma (no que [eles] nos consomem)

E a manchamos [aquela que um dia tão pura foi!]

 

É triste ver o “HD” d’alguém a estar cheio de mágoas

E na tentação de relembrá-las, vede-o a ser nocauteado pela raiva

Ao que abriga o nefasto ódio em su’alma

 

A vida é tão bela para quem tem seus olhos vivos ... par’ela!

Responda-te para ti mesmo:

Se alguém te ofendeu, ao que ficaste magoado, quanto tempo durou

[por ele] o seu rancor?

Quanto tempo persistiu a sua dor?

Ou não passou?

Seja sincero no que tomo a liberdade em lhe perguntar:

O que é maior em su’alma seria o ódio do Homem ou o amor de Deus?

 

Carlos Renoir

Rio de Janeiro, 16 de outubro de 2023

Carlos Renoir
Enviado por Carlos Renoir em 16/10/2023
Reeditado em 16/10/2023
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