ESPAÇO EXTERNO CRISTÃO, MAS COM ALMA PAGÃ

 

Um espaço de dupla identidade ao que seria?

E haveria alguém nest'hora a qu’então [disto] duvidasse?

Mas como deste modo acontece?

E por quê?

E eis que ninguém reclama, como a s’entender que todos inclusive

concordam [em serem explorados]

Meu Deus, mas que coisa a parecer tão sem nexo!

Contudo, é verdade

 

 

Bem, serei mais claro:

No universo capitalista [e, portanto, consumista] de certos países

(senão todos) o paganismo é a sombra do catolicismo [na data

de suas festas]

E assim, eis lado-a-lado o espírito de mercado com o mundo da fé

Ou alguém de mim haveria de discordar?

 

Pois então ...

No natal, ao que se celebraria o nascimento de Cristo, vede o papai-noel

em seu trenó com seus presentes

Oh! Afinal, quem faz aniversário é Jesus o deus Mamon?

 

 

Na páscoa, cuja festa é de natureza judaico-cristã, entra então o

coelhinho com seus ovos de chocolate (como se colelho botasse ovos!)

 

 

E aqui, para não dizer que se terminaria co’eles, ao celebrar o Dia da

Padroeira do Brasil – Nossa Senhora Aparecida – comemora-se

também o Dia das Crianças

A se saber que não pode deixar passar batido os presentes da meninada

 

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É isso aí, meu amigo, são duas coisas [antagônicas] que se completam:

Religião e comércio

Espírito e mundo

Corpo cristão e alma pagã

 

 

Mas, não é só o comércio que comemora as datas religiosas

Os ateus igualmente as “adoram”

Ou alguém não concordaria comigo?

Ah! E nest’hora acabo de me lembrar as palavras do incrível Jô Soares:

“No Brasil, quando o feriado é religioso, até ateu comemora”

 

 

Falou e disse!

E ao que [eu] o completaria:

E todos os trabalhadores se alegram quando no dia seguinte se emenda

com um “ponto facultativo”, prolongando, assim, a sua folga

Que, como dizia Karl Marx:

“O trabalhador só se sente à vontade no seu tempo de folga,

porque o seu trabalho não é voluntário, é imposto,

é trabalho forçado”

 

 

Pois é!

E aí a gente pergunta:

Onde foi que erramos?

Ah! Deixa pra lá

Melhor não reclamar e curtir o feriado prolongado

De dia na praia e à noite com a mulherada

 

 

E assim a todos os meus leitores eu desejo um feliz feriado

 

Carlos Renoir

Rio de Janeiro, 12 de outubro de 2023

 

IMAGENS: INTERNET

 

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FORMATAÇÃO SEM AS IMAGENS:

 

ESPAÇO EXTERNO CRISTÃO, MAS COM ALMA PAGÃ

 

Um espaço de dupla identidade ao que seria?

E haveria alguém nest'hora a qu’então [disto] duvidasse?

Mas como deste modo acontece?

E por quê?

E eis que ninguém reclama, como a s’entender que todos inclusive

concordam [em serem explorados]

Meu Deus, mas que coisa a parecer tão sem nexo!

Contudo, é verdade

 

Bem, serei mais claro:

No universo capitalista [e, portanto, consumista] de certos países

(senão todos) o paganismo é a sombra do catolicismo [na data

de suas festas]

E assim, eis lado-a-lado o espírito de mercado com o mundo da fé

Ou alguém de mim haveria de discordar?

 

Pois então ...

No natal, ao que se celebraria o nascimento de Cristo, vede o papai-noel

em seu trenó com seus presentes

Oh! Afinal, quem faz aniversário é Jesus o deus Mamon?

 

Na páscoa, cuja festa é de natureza judaico-cristã, entra então o

coelhinho com seus ovos de chocolate (como se colelho botasse ovos!)

 

E aqui, para não dizer que se terminaria co’eles, ao celebrar o Dia da

 

Padroeira do Brasil – Nossa Senhora Aparecida – comemora-se

também o Dia das Crianças

A se saber que não pode deixar passar batido os presentes da meninada

 

É isso aí, meu amigo, são duas coisas [antagônicas] que se completam:

 

Religião e comércio

Espírito e mundo

Corpo cristão e alma pagã

 

Mas, não é só o comércio que comemora as datas religiosas

Os ateus igualmente as “adoram”

Ou alguém não concordaria comigo?

Ah! E nest’hora acabo de me lembrar as palavras do incrível Jô Soares:

“No Brasil, quando o feriado é religioso, até ateu comemora”

 

Falou e disse!

 

E ao que [eu] o completaria:

E todos os trabalhadores se alegram quando no dia seguinte se emenda

com um “ponto facultativo”, prolongando, assim, a sua folga

Que, como dizia Karl Marx:

“O trabalhador só se sente à vontade no seu tempo de folga,

porque o seu trabalho não é voluntário, é imposto,

é trabalho forçado”

 

Pois é!

E aí a gente pergunta:

Onde foi que erramos?

Ah! Deixa pra lá

Melhor não reclamar e curtir o feriado prolongado

De dia na praia e à noite com a mulherada

 

E assim a todos os meus leitores eu desejo um feliz feriado

 

Carlos Renoir

Rio de Janeiro, 12 de outubro de 2023

Carlos Renoir
Enviado por Carlos Renoir em 12/10/2023
Reeditado em 12/10/2023
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