Só quem está pronto para tudo, não economiza nada. Porque a palavra é perfume que atravessa a janela, e, estendida, névoa, completa a sua jornada na imensidão dos movimentos.
Entende a vulnerabilidade das asas e do pouso com delicadeza, canta os seus abismos, a poesia suportável, as palavras que esfriaram lentamente na garganta, e inventa para se reconhecer, todos os dias.
Livra-se repetidamente de todas as superfícies, daquelas que engolem as pernas.
Tudo que era razão sobre as costas, tonelada, se perde. E, por enfrentar o vento, esvazia os ouvidos cheios de inquilinos consumidores da coragem.
Liberdade! Essa incumbência inevitável.