Para os doutores da guerra à distância, confortáveis em suas poltronas, rápidos nos rascunhos das análises em dedos apontados:

dos escombros brotam crianças e uma ave. De todo escombro, independente de seu espaço geográfico, brota a vítima (ou o que dela restou), viva ou morta. 

Da imagem brota a inocência, a pureza em construção, a linguagem que diz: paz! Pois entre escombros, somos todos perdedores.

 

     Para os corações que ainda sabem ler o amor entre as frestas cruéis da realidade, eis uma imagem reveladora, quase que poética dizendo que a paz só vem quando abraçada pela igualdade, a compaixão, a empatia, e por emoções equilibradas, barrigas alimentadas... Pois um ambiente farto das mais variáveis misérias vira palco perfeito para os verdadeiros patrocinadores da violência, que aproveitam da carência de cada povo para erguer o braço da maldade e com a boca mentirosa dizendo que tudo tem sido feito por "justiça". O mal sabe exatamente o combustível que precisa para impor o seu império cruel. O mal escraviza, engana, amedronta, força, ilha, separa, fere, humilha... Mata. O mal se faz valer das mais variadas bandeiras para esconder o óbvio: o que falta é a paz e o amor. O mal enxerga a enfermidade, e, em vez de levar o alívio, enfia ainda mais o dedo na ferida.

 

     Nada justifica o ato da maldade, nunca, jamais! Mas não sejamos ingênuos em achar que a paz será mantida à força e às custas da miséria. Para que a paz prevaleça, floresça, estenda as suas asas, precisamos reaprender o amor e a igualdade.

De Tudo um Pouco
Enviado por De Tudo um Pouco em 12/10/2023
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