AS ALMAS E O RIO

 

Acordou-se, então, o dia

Aquele que [antes] adormecido s’encontrara

Despertariam as almas de seu sono ou prosseguiram [hoje] ainda

dormindo?

Ai! Talvez o exílio seja um pesadelo em que co'ele acostumamos

E não queremos despertar

Sim, temos medo de acordar

E a inércia de nossa vida (morta) eis a nossa única realidade

 

 

O rio segue o seu curso

Desconhecido par’ele?

E daí?

Mas, pondo-se [sempre] em atividade

Desperto e, portanto, vivo

Ao qu'ele assim passa ... na vida

Da mesma vida que nós a deixamos passar

 

 

O que fazem as almas ... no tempo?

O que [n’ele] criam ou formam?

O que produzem e, principalmente, ofertam ... à Vida?

Ou nunca a louvam?

Esquecidas a que são ... de serem [à Ela] gratas?!

Mas outrora estivemos vivos

O que aconteceu ... agora?

 

 

E o rio progride em seu rumo

Par’aonde vai?

Sabê-lo-ia o seu itinerário?

Tê-lo-ia alguma orientação?

Não importa

Todavia, se o sabe ou não, eis que continua

 

 

Quantas almas estão [agora] vivas no mundo?

Sim, quantas são, de fato, “viventes”?

Quantas estão [aqui], realmente, “presentes”?

Qual a razão de nosso viver?

 

 

O rio não para

Imagem do tempo [dinâmico]

Todavia, o dia vai chegando ao seu termo

(Como tudo ... na vida)

E faz-se preciso uma vital pergunta para cad’um:

Quantas horas eu vivi [hoje]?

E, de cad’hora, quantos minutos estive realmente vivo?

 

 

Carlos Renoir

Rio de Janeiro, 03 de outubro de 2023

 

IMAGENS: FOTOS PARTICULARES

 

MÚSICA: “ANDANÇA” – Beth Carvalho

https://www.youtube.com/watch?v=mSF9lxCfCWk

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

AS ALMAS E O RIO

 

Acordou-se, então, o dia

Aquele que [antes] adormecido s’encontrara

Despertariam as almas de seu sono ou prosseguiram [hoje] ainda

dormindo?

Ai! Talvez o exílio seja um pesadelo em que co'ele acostumamos

E não queremos despertar

Sim, temos medo de acordar

E a inércia de nossa vida (morta) eis a nossa única realidade

 

O rio segue o seu curso

Desconhecido par’ele?

E daí?

Mas, pondo-se [sempre] em atividade

Desperto e, portanto, vivo

Ao qu'ele assim passa ... na vida

Da mesma vida que nós a deixamos passar

 

O que fazem as almas ... no tempo?

O que [n’ele] criam ou formam?

O que produzem e, principalmente, ofertam ... à Vida?

Ou nunca a louvam?

Esquecidas a que são ... de serem [à Ela] gratas?!

Mas outrora estivemos vivos

O que aconteceu ... agora?

 

E o rio progride em seu rumo

Par’aonde vai?

Sabê-lo-ia o seu itinerário?

Tê-lo-ia alguma orientação?

Não importa

Todavia, se o sabe ou não, eis que continua

 

Quantas almas estão [agora] vivas no mundo?

Sim, quantas são, de fato, “viventes”?

Quantas estão [aqui], realmente, “presentes”?

Qual a razão de nosso viver?

 

O rio não para

Imagem do tempo [dinâmico]

Todavia, o dia vai chegando ao seu termo

(Como tudo ... na vida)

E faz-se preciso uma vital pergunta para cad’um:

Quantas horas eu vivi [hoje]?

E, de cad’hora, quantos minutos estive realmente vivo?

 

Carlos Renoir

Rio de Janeiro, 03 de outubro de 2023

 

Carlos Renoir
Enviado por Carlos Renoir em 03/10/2023
Reeditado em 03/10/2023
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