Nossa democracia usa fraldão
Nossa História pós Proclamação da República mostra que nunca fomos muito propensos ao regime democrático. Seja por vias de fato ou manipulação, o autoritarismo sempre esteve presente na nossa vida.
Um exemplo disso é essa “instituição” estrambótica chamada coronelismo, que embora possa teoricamente ter sido extinta com a Constituição de 1988 ainda se mantêm na prática em algumas regiões do país e na mente de muitos brasileiros.
O fim dos governos militares e a nova Constituição teria sido o início de um processo para a consolidação da Democracia no Brasil.
Porém, nossa eterna vocação para o autoritarismo de uns e para a servidão voluntária da maioria, permitiu que um grupo de indivíduos nitidamente desonestos travestidos de ministros abrissem caminho para que um velho decrépito, com mentalidade pré-histórica, mas com delírios de rapaz de vinte e poucos anos e sonho de ser ditador, assumisse a Presidência.
Não temos mais como sustentar a tese de somos um país jovem e que podemos esperar mais 500 anos para construir uma nação democrática e rica.
Pulamos de uma fase de país jovem e promissor para a de um Brasil já velho cuja “democracia” usa fraldão.