DIZERES DO NÃO
DIZERES DO NÃO
O não quer ter nascimentos.
As descobertas individuais se abrem aos segredos coletivos.
O deixar se dá aos beijos das honras demonstrativas e pessoais.
Os cruzamentos públicos dos colos repousam resignados.
Os fazeres favorecem voltas muito tardias.
Os reflexos das feridas possuem definições físicas.
O reconhecimento dos gestos desconhece palavras conhecidas.
As desculpas baratas se comunicam com a verdade sem perdão.
O quando apalpa os toques das vozes mudas.
A tristeza é uma fala inquisidora da alegria.
O nada parece suficiente.
O mundo derruba as metas particulares.
Os dias das soluções definitivas problematizam as teses das provocações.
A insuficiência impossibilita tolices.
A compreensão da dor encadeia as explicações da cura.
As vezes dos batimentos podem trazer o mais aos dizeres do menos.
Sofia meireles.