A BENÇÃO PRODUZIDA PELO ARREPENDIMENTO

 

Em nossa vital essência somos feitos de ...

Tempo, pensamento ... e movimento

Estando todos juntos ... e necessariamente interligados

E form’alguma ... separados

A ausência de um será a morte dos outros

E sob um ângulo mental somos também as potências ...

Entendimento, memória e vontade

 

O que [aqui] fazemos?

Enquanto vivemos não podemos deixar ... de fazer [nada]

Oh! impossível haver um vácuo [no “espaço d’alma”]

E quais “sementes” [na vida] lançamos?

 

O que se fez ... foi feito (no tempo)

Não há como retornar ... a obra de seu movimento

No passado que ficou

E não pode [dele] ser tirado

Da ação a que no espaço veio ... por efeito (visto que foi feito)

Sobretudo, quando nascido o foi ... d’uma vontade viva

Em seu domínio num’hora

Ou de seu impulso [tentador] ... no pensamento

E assim foi feito

Sendo impossível ... desfazer

 

 

Não, não pode ser ... desfeito

Mesmo que o tempo voltasse

E que na memória do que se fez ... ficou

Mas que, depois, se arrependeu

E no que se fez passou a existir

 

E se o tempo voltasse, já se perguntou?

Ah! se el’então voltasse!

Porém, do que se fez só se morasse nas lembranças de quem agiu

E de mais ninguém

Embora também na mente ... do próprio Tempo

(Este que não esquece e nada remove de sua memória)

Todavia, como foi dito, nada do que se fez deixa, pois, de ter sido feito

E enquanto dele alguém se lembrar também “existirá”

 

E então

O que [você] gostaria de jamais ter [por ti] sido feito?

O que desejaria que fosse por todos [no que veio de ti] esquecido

e para sempre “apagado”?

O que quererias [tu] que o tempo jamais fosse lembrado [do que veio por ti]?

Seria alguma ação (uma atitude, quem sabe!)?

Seria uma palavra mal proferida?

Sim, uma palavra mal dita ou, a ser pior, “maldita”?

Seria, talvez, uma omissão (nascida d’uma [infeliz] covardia)?

Seria uma decisão precipitada, tomada irrefletidamente [ao que dela,

pois, se arrependeu]?

Seria, então, o quê?

 

 

Sim

O que [aqui] mais t’envergonhou pelo que não gostas [nunca] de lembrar?

Qual o tamanho de sua culpa?

O que mais queres que a Vida te perdoes?

E, assim, deste modo me interrogo

A fazer agora um exame de consciência no sagrado “Yom Kipur”

Todavia, com compaixão e não sob os açoites do “Superego”

E aqui fica uma pergunta:

Você é capaz de se perdoar ou dominado ainda é pel’orgulho de achar

que não poderia jamais ... errar?

Pense bem

 

Oh! Seria alguém escravo de seus erros pelo que tanto os repetes?

Ou qu’entranhado se acha em sua alma

E, por isso, fazes o que fazes por prazer e co’alegria

A jamais tomado é pelo pesar

E, muito menos, pel’aflição ou remorso

Provocados, pois, pelo arrependimento

A não sofrer nenhuma dor do que se fez

E, justamente pelo que tanto os repetes, é certo dizer que nad’aprendeu

com seus erros

Ou que alguma lição [eles] lhes deram!

E aí eu pergunto: até quando se portarás assim, desta forma que és?

 

E nest’hora em que m’encontro de pé (e co’eles juntos),

porém, sem soberba, e a rezar a oração da Amidá (a Tefilat HaAmidah),

eis que lanço à Adonai a minha sincera “Teshuvah”

(o meu autêntico e real arrependimento)

E sei que Ele, em sua infinita misericórdia, o Seu perdão me dará

Ao que mais que tudo quero para Adonai voltar

Tal como foi a vital e irrevogável decisão do “Filho Pródigo”

No que desejou “retornar” ... para a Casa do Pai

Mesmo sabendo que o qu’eu fiz não poderei desfazer

(ou mesmo su’ação alterar)

Contudo, posso (e devo) mudar a partir d’agora ... o meu itinerário

(a minha conduta a partir d’então)

Renovação mental e, principalmente, “vital”

 

 

Oh! Bendita seja a bênção produzida pela “Teshuvah”

(o “santo” arrependimento)

Porque só em função dele poderei merecedor ser ... da “Selichah”

(do perdão de Adonai)

E que co’ele me dará a “Ge’ulah” (a redenção)

E, como prêmio aqui neste exiílio “Shalom” (a paz)

Mas, que o meu arrependimento nasça da luz do discernimento

E ser, sobretudo, fruto da humildade

(A lembrar que sou humano)

E jamais do remorso ou do medo do castigo

Não, de form’alguma

Amém

 

Carlos Renoir

Rio de Janeiro, 28 de setembro de 2023

 

IMAGENS: FOTOS GENTILMENTE FORNECIDAS PELO MEU GRANDE AMIGO E POETA CHARLES LIMA

 

MÚSICA: “AVINU MALKEINU” (em três versões):

 

Shira Choir ft. Shulem Lemmer | אבינו מלכינו ״מקהלת שירה״ ושלום למר

https://www.youtube.com/watch?v=anPJFBzVC2c

 

Barbra Streisand in Hebrew

https://www.youtube.com/watch?v=ydxePZKCyvo

Avinu Malkeinu - Canção Judaica (com tradução em português)

https://www.youtube.com/watch?v=k7UhPipND8Q

 

*******************************************

 

FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES:

 

A BENÇÃO PRODUZIDA PELO ARREPENDIMENTO

 

Em nossa vital essência somos feitos de ...

Tempo, pensamento e movimento

Estando todos juntos ... e necessariamente interligados

E form’alguma ... separados

A ausência de um só será a morte dos outros

E sob um ângulo mental somos também as potências ...

Entendimento, memória e vontade

 

O que [aqui] fazemos?

Enquanto vivemos não podemos deixar ... de fazer [nada]

Oh! impossível haver um vácuo [no “espaço d’alma”]

E quais “sementes” [na vida] lançamos?

 

O que se fez ... foi feito (no tempo)

Não há como retornar ... a obra de seu movimento

No passado que ficou

E não pode [dele] ser tirado

Da ação a que no espaço veio ... por efeito (visto que foi feito)

Sobretudo, quando nascido o foi ... d’uma vontade viva

Em seu domínio num’hora

Ou de seu impulso [tentador] ... no pensamento

E assim foi feito

Sendo impossível ... desfazer

 

Não, não pode ser ... desfeito

Mesmo que o tempo voltasse

E que na memória do que se fez ... ficou

Mas que, depois, se arrependeu

E no que se fez passou a existir

 

E se o tempo voltasse, já se perguntou?

Ah! se el’então voltasse!

Porém, do que se fez só se morasse nas lembranças de quem agiu

E de mais ninguém

Embora também na mente ... do próprio Tempo

(Este que não esquece e nada remove de sua memória)

Todavia, como foi dito, nada do que se fez deixa, pois, de ter sido feito

E enquanto dele alguém se lembrar também “existirá”

 

E então

O que [você] gostaria de jamais [por ti] ter sido feito?

O que desejaria que fosse por todos [no que veio de ti] esquecido

e para sempre “apagado”?

O que quererias [tu] que o tempo jamais fosse lembrado [do que veio por ti]?

Seria alguma ação (uma atitude, quem sabe!)?

Seria uma palavra mal proferida?

Sim, uma palavra mal dita ou, a ser pior, “maldita”?

Seria, talvez, uma omissão (nascida d’uma [infeliz] covardia)?

Seria uma decisão precipitada, tomada irrefletidamente [ao que dela,

pois, se arrependeu]?

Seria, então, o quê?

 

Sim

O que [aqui] mais t’envergonhou pelo que não gostas [nunca] de lembrar?

Qual o tamanho de sua culpa?

O que mais queres que a Vida te perdoes?

E, assim, deste modo me interrogo

A fazer agora um exame de consciência no sagrado “Yom Kipur”

Todavia, com compaixão e não sob os açoites do “Superego”

E aqui fica uma pergunta:

Você é capaz de se perdoar ou dominado ainda é pel’orgulho de achar

que não poderia jamais ... errar?

Pense bem

 

Oh! Seria alguém escravo de seus erros pelo que tanto os repetes?

Ou qu’entranhado se acha em sua alma

E, por isso, fazes o que fazes por prazer e co’alegria

A jamais tomado é pelo pesar

E, muito menos, pel’aflição ou remorso

Provocados, pois, pelo arrependimento

A não sofrer nenhuma dor do que se fez

E, justamente pelo que tanto os repetes, é certo dizer que nad’aprendeu

com seus erros

Ou que alguma lição [eles] lhes deram!

E aí eu pergunto: até quando se portarás assim, desta forma que és?

 

E nest’hora em que m’encontro de pé (e co’eles juntos),

porém, sem soberba, e a rezar a oração da Amidá (a Tefilat HaAmidah),

eis que lanço à Adonai a minha sincera “Teshuvah”

(o meu autêntico e real arrependimento)

E sei que Ele, em sua infinita misericórdia, o Seu perdão me dará

Ao que mais que tudo quero para Adonai voltar

Tal como foi a vital e irrevogável decisão do “Filho Pródigo”

No que desejou “retornar” ... para a Casa do Pai

Mesmo sabendo que o qu’eu fiz não poderei desfazer

(ou mesmo su’ação alterar)

Contudo, posso (e devo) mudar a partir d’agora ... o meu itinerário

(a minha conduta a partir d’então)

Renovação mental e, principalmente, “vital”

 

Oh! Bendita seja a bênção produzida pela “Teshuvah”

(o “santo” arrependimento)

Porque só em função dele poderei merecedor ser ... da “Selichah”

(do perdão de Adonai)

E que co’ele me dará a “Ge’ulah” (a redenção)

E, como prêmio aqui neste exiílio “Shalom” (a paz)

Mas, que o meu arrependimento nasça da luz do discernimento

E ser, sobretudo, fruto da humildade

(A lembrar que sou humano)

E jamais do remorso ou do medo do castigo

Não, de form’alguma

Amém

 

Carlos Renoir

Rio de Janeiro, 28 de setembro de 2023

 

Carlos Renoir
Enviado por Carlos Renoir em 28/09/2023
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