Pensamento de um sociopata político brasileiro
Adoro o cheiro de corrupção adentrando nas minhas narinas. Perfume estonteante ao meu soberbo nariz, suficiente a entorpecer minha moral distorcida. Sempre considero o bem como ação imoral, entediante e nojenta. Quanto o mal, virtude com escrúpulos, trazendo para minha perversa pessoa o sentido nessa vida passageira nesse planeta. Quando vou de limusine, tendo o conforto do ar condicionador, vejo no banco detrás, mendigos arrastando e implorando a almas gentis dinheiro para comprar comidas, a satisfazer a barriga faminta. A noite, quando retorno do confortável veículo,após a entediante seção parlamentar, vejo nas calçadas os andarilhos desamparados dormindo sem nenhuma segurança. Ah,sim, tenho prazer em contemplar a tragédia desses desgraçados. Não sinto pena ou piedade. Tenho gosto quando arquiteto o esquema para desviar milhões de reais destinados aos hospitais. Sinto alegria quando o consigo levar a fortuna para meus paraísos fiscais nas Ilhas Cayman ou na Suíça, onde posso passar ferias de inverno junto a minha bela esposa Bela e o meus gêmeos Julio Cesar e Catarina, longe desse Brasil de gentalhas, burras, retardadas e analfabetas funcionais. Sim. odeio essa nação maldita!!! Apenas sou deputado federal para roubar, fraudar e trapacear nas costas desse povo estupido. Sorte que eu colocarei meus filhos nas melhores universidades do mundo. Quero que eles vivam com suas luxuosas profissões de renome social longe dessa verminosa terra. Ah, povo imbecil!! Amam idolatrar nós políticos como heróis de estimação, mas esquecem que somos funcionários públicos a serviço deles. Mas não hã que se preocupar, pois eles se deixam levar pela grandiosidade do poder dado a nossa matilha de lobos famintos por mais recompensas gananciosas. Que baixa ralé. Quando me aposentar, vou adquirir uma casa luxuosa nos campos alemães, afastado dessa gente bitolada. Até lá, vou adquirindo fortunas de maneira desonesta, sem os brasileiros e brasileiras perceberem que vão cair ainda mais no abismo do caos sem fim. Agora vou jantar com minha doce esposa no requintado restaurante turco no centro da capital e rir por dentro de eu ter sempre escapado impune dos delitos cometidos sem arrependimento.