Interações.
Em um mundo repleto de interações humanas, é surpreendente como a incapacidade das pessoas em serem verdadeiras se manifesta com tanta frequência. Recentemente, tive uma experiência pessoal que mais uma vez me confrontou com essa triste realidade.
Conheci alguém que parecia ter tudo para dar certo. Era uma pessoa inteligente, encantadora e aparentemente sincera. Nossos primeiros encontros foram tão promissores que me senti verdadeiramente empolgado com a chance de construir uma amizade ou talvez até algo mais.
No entanto, à medida que o tempo passava, comecei a notar que essa pessoa estava sempre ocupada demais para me responder ou encontrar um tempo para nos encontrarmos. As desculpas eram diversas e pareciam plausíveis em um primeiro momento, mas com o passar do tempo, ficou claro que algo estava errado.
Apesar de tentar entender e oferecer apoio, minha amizade parecia ser apenas um capricho de momentos passageiros. Percebi que essa pessoa tinha uma habilidade inegável de desaparecer e deixar suas obrigações para trás, incluindo a mim. Essa incapacidade de ser verdadeiro, de enfrentar os próprios compromissos e enfrentar as consequências de suas ações é lamentável e bufante.
Tal experiência me faz refletir sobre a sociedade em que vivemos. É tão comum encontrarmos pessoas que não são capazes de encarar a responsabilidade de suas palavras e ações, optando por se esconder e fugir dos problemas. Infelizmente, esse comportamento não só afeta aqueles que estão próximos, mas também perpetua uma cultura de falsidade e desconfiança.
Ser verdadeiro requer coragem, humildade e integridade. Significa enfrentar nossas falhas, assumir nossos erros e pedir desculpas quando necessário. Infelizmente, muitas pessoas parecem preferir fugir dessas confrontações incômodas em vez de enfrentá-las de frente.
Acredito que, para mudar essa dinâmica, devemos cultivar uma cultura de honestidade e empatia. Precisamos incentivar uns aos outros a sermos verdadeiros, a enfrentar nossos problemas e a levar a sério nossos compromissos. Isso requer uma mudança de mentalidade e um esforço coletivo para rejeitar a falsidade que permeia tantos aspectos de nossa sociedade.
Quanto à pessoa que sumiu, resta-me apenas a decepção e a experiência como lições aprendidas. Não posso controlar as ações alheias, mas posso escolher ser verdadeiro e sincero em todas as minhas interações. Espero que, em um futuro próximo, mais pessoas se juntem a essa jornada e possamos construir relacionamentos baseados na confiança, respeito e autenticidade.