Ver.
Ouvir.
Sentir.
Silhuetas na janela vendo a chuva fina e mansa cair na terra seca.
Emana no ar o cheiro da vida renovada onde jazem corpos prontos a acordar para a vida.
Bandida.
Certeira.
A flecha do arqueiro mira o coração.
Em pedaços.
Cada um recolhe sua parte no espólio da vida.
Que a cada minuto renasce em um novo ser.
Puro, que se tornará impuro, para com a dor voltar a ser imaculado.
Rasga o véu da mulher amada que chora a rosa partida, quebrada, mal amada.
Renasce então um novo ser, e um turbilhão de silhuetas observam pela janela um novo amanhecer.