Necropolitica mental...
A questão, é que eu penso demais. O que "é", e o que "não é". O que penso que seria, ou não seria, e tantas outras coisas. Ramifica, ramifica, e me faz parecer uma "doida", porque sou muito emocional. E em uma dinâmica narcisista, cresci enquanto "filha dourada". Se não te agrado, eu que sou o erro. Quando nem erro, parece que errei. Na infância, muito hiperativa e desatenta. Na adolescência, muito mais desatenta. Na vida adulta, um boom de combinações. Crescer sem identidade definida, e depois tentar ficando criar, é um sofrimento que não desejo a ninguém. Atualmente, quando você passa a impor vontades próprias, você é rebelde, geniosa. De fato, na vida adulta, com a ansiedade de um hiperativo, vem as explosões. Numa beira você era ingênua, depois num abismo começa a enxergar mais do que queria. Mudei em 4 anos, o que nem em uma vida toda, muitos conseguiriam mudar. As únicas coisas certas, sempre foram o conhecimento, uma mente diferenciada, e meu "excesso de bondade". Tdah ou dupla excepcionalidade, não sei ainda. Mas, existiria uma inteligência elevada, e ao mesmo tempo grandes dificuldades. Dificuldades, no que você considere o mais simples, e genialidade no que considere tão complexo. E mesmo com essa percepção externa, a verdade é que internamente eu duvido da minha própria inteligência. Tento exteriorizar, buscar a afirmação que não tenho aqui dentro. Vacila. O ego, ás vezes percebe. Numa oscilação tamanha, ou em momentos me sinto tão especial, ou n'outros me sinto tão inferior. Posso parecer arrogante, "sabe tudo". É cultural, também essa percepção que possa ter uma massa. Aliás, se acostumaram com o oposto. Se acostumaram com a figura, da "mulata exportação". Não esperam, que esta talvez possa até descobrir uma superdotação. Reconhecem no autismo, a dupla excepcionalidade, no Tdah, jogam para a esfera do que não poderia possuir, ou que isto seria mais "prejudicado". Esperam, que deveria seguir um roteiro único? Em verdade, lançam na esfera dos "menos inteligentes". E fica, por isso, mesmo. No entanto, outra questão, é que até para a inteligência, haveria algum grau de aceitabilidade de acordo com sua cor, nesta "des"humanidade, e jamais que isto seria sem intencionalidades. A necropolitica, é antes de tudo, mental. Está antes de tudo na mente daqueles que pensem que alguns não deveriam existir, pelo fato de serem de determinada cor. E vai chegando em tal nível, no qual, você próprio vá matando mentalmente o seu próprio direito de existir, mesmo que pareça estar vivendo fisicamente. Driblar isso, se torna o maior impasse de vida. Nessa ideia, e a necropolitica vai assumindo duas maneiras: a dos que, disseminem o ódio por suas "crenças" em uma cor que "seria superior", e assim tentando extinguir com os direitos desse grupo alvo; e a dos que recebam esse ataque, e acabem internalizando tanto, a ponto de sentirem profundamente a uma inferioridade. Tem-se de um lado, a morte que te impõem, e de outro, a que você internaliza dentro de si. Pois, a "Necropolitica", está antes de tudo, em cada indivíduo. Não é, somente externa...