Como aguentei seu sorriso idiota ontem?
Tem esse rapaz que nos conhecemos na adolescência. Ele gostava de mim de uma forma que eu não tinha interesse em retribuir, e por conta disso, acabei o magoando ainda naquela época. Não foi nada que aparentemente tenha afetado a amizade que tínhamos, pois ele já sabia que eu não tinha esse tipo de interesse nele. O tempo passou e o contato que mantivemos foi pouco.
Cerca de uma década depois nos reencontramos. Ele sempre muito educado e brincalhão (meu combo perfeito). Naquele momento eu estava com outra pessoa, então houve um impedimento de que algo físico entre nós acontecesse. Confesso que me arrependo de não ter tido esse contato quando tive a oportunidade naquela época, claro que ele teria que ter dado alguma abertura etc. O fato é que naquele segundo momento de nossas vidas que nos encontramos, despertou algo em mim em relação a ele que nem eu tinha consciência.
E desse vez, no nosso terceiro reencontro, sinto aquele desconforto característico de quando se está afim de alguém, me pego admirando sua aparência e pensando: "definitivamente eu teria um filho com ele" ou "se eu tivesse um filho, gostaria que ele fosse o pai". Eu que nem em deus acredito, pensei: "tomara que em outra vida a gente se encontre e estejamos em situações desimpedidas". Até ciúme eu sinto quando ele fala da ex namorada. Como isso é possível? A gente só se vê pessoalmente em intervalos de alguns anos, e tudo isso ainda fica reprimido quando estamos juntos com nossos outros amigos. Mas sei lá também, essa fantasia e desejo por ele pode nem passar de um peso na consciência por, de certa forma, desprezar o interesse que ele teve por mim na adolescência. Não sei o que significa, mas sei que fico me perguntando no que o certo a se fazer, pois agora também estou comprometida em um outro relacionamento e valorizo muito a amizade com ele. Não sei se esse meu atual relacionamento será duradouro (o outro achei que seria, mas acabou e foi bem depressa), também não tenho coragem de trair, nem de terminar. Não somos nadas compatíveis, mas ainda desperta essa curiosidade de como seriam as coisas com ele, dividir uma vida, morar junto, passear...
Sinceramente espero que se algum dia eu estiver solteira novamente, eu o encontre solteiro e sem amarras emocionais em outra pessoa, para que a gente possa descobrir o que acabou não acontecendo na nossa adolescência. Com certeza we are sexed up, e não há nada que possamos fazer além de resistir aos instintos carnais.
P.S.: Esta meio tarde aqui, estou cochilando, então pode ter algo desradi desde a unha do pé, aí fuso drb