A AMADA MAIS QUE TUDO (OU NÃO) VERDADE
“Respondeu Jesus: ‘Sim, eu sou rei.
É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo.
Todo o que é da verdade ouve a minha voz’.
Disse-lhe Pilatos: ‘Que é a verdade?’” (João 18:37-38)
E então, boa pergunta, não? “Quid est veritas”? (Que é a verdade?)
Ah, a verdade!
Ou seria ... a “Verdade” (com “V” maiúsculo mesmo)?
Que é a VERDADE?
Seria “a coisa” mais querida (mais desejada) e, portanto, mais amada na vida?
O que dizem alguns sobre isto?
Seria a verdade amada [por todos] ou seria a mais [por muitos] odiada?
Ou seria ao mesmo tempo (por alguém) as duas coisas?
Bem, tomo como ponto de apoio o incrível Agostinho de Hipona
(Mais conhecido como “Santo Agostinho”)
E eis o que ele disse em suas “Confissões”:
“Conheci muitos homens dispostos a enganar a outros, mas nenhum
disposto a ser enganado. Onde conheceram essa felicidade, senão
onde conheceram a verdade? Se de fato não querem ser enganados,
é porque amam também a verdade” (de seu livro “confissões”)
Pois bem, talvez seja um estudo antropológico este estranho paradoxo,
em dizer que muitos amam a verdade e a mentira ao mesmo tempo
Sim, do estranho prazer de inúmeras pessoas em dizer e divulgar mentiras,
mas jamais em querer que alguém minta para elas
Ou que as enganem com palavras mentirosas e fraudulentas
Bom, perguntinhas bobas:
* Quando você pergunta [a alguém] por qualquer coisa, preferirias ouvir dele
a verdade ou gostarias de ser “enganado”?
* Quando você liga a TV para ver o jornal, seria de teu prazer receber
notícias falsas?
* Quando você pesquisa por algo na Internet o que buscas seria a verdade
ou a mentira?
É aí que mora uma interessante questão:
Talvez nem todos gostariam de ouvir (o tempo todo) a verdade d’algum fato
É verdade!
Outras perguntinhas bobas (aquelas cuja resposta é o óbvio):
* Se você conhecesse “os podres” de seu “político de estimação”,
ou seja, a sua verdadeira face, ainda assim votaria nele?
* Se você conhecesse os verdadeiros fatos de certo nome político
ficarias alegre ou desapontado co’ele?
Pense bem, meu amigo, é como se diz:
“o pior cego é aquele que não quer ver”
* E então, seria uma “libertação” se soubesses quem [ele] é
no que o verias em sua “nudez e verdade”?
Digo isto por que, em minha ótica, conhecer a verdade de alguém
pode ser decepcionante, mas no final será a libertação de quem o
enxergava de forma míope
Ao que abandonará a “ideia” que o escravizava, e que se tinha a
respeito dele
Raciocinemos:
O fato de você ser “perdidamente apaixonado” por alguém,
seja uma pessoa, um partido político, um regime de governo,
uma religião, uma ideologia ... tudo isto te impede de ver bem a verdade,
não é verdade?
Ou, na maioria das vezes, te torna cego ao que não vês nada
E por quê?
Justamente por ser d’alguém um entorpecido adorador
E em razão disto, não podes ver também com clareza os “inimigos dele”
(Que, sem perceber, igualmente passaram a ser seus)
E, só para completar:
Há pessoas que nem provas e evidências são capazes de mudar o ponto
de vista d’uma pessoa por seu deus, dado ao fato que não querem
acreditar no que é mostrado
E são capazes até de “justificar seus podres”
Tornando-se seus maiores advogados de defesa
Ah, meu amigo, o mal de muita gente é de achar que “precisamos de
gente demais” (e que serão nossos salvadores)!
E têm por nossa conta como os heróis da saga, quando quase todos são
os vilões da estória!
Mas, “nada existe oculto que não venha a ser revelado, nem oculto
que não venha a ser descoberto” (Lucas 8:17)
Que bom, não?
E as perguntas continuam:
* Por que é tão fácil acreditar em “boatos”?
* E será que realmente “acreditamos” ou, na verdade, “queremos [neles]
acreditar”?
E o mesmo movimento se faz da forma contrária:
Certos fatos não é que neles não acreditamos, mas, sim, por que
“não queremos acreditar”
Levando-se em conta de que seria como a deixar cair um
deus de barro ao chão, e, deste modo, espatifá-lo
Mas, sabendo-se que ninguém gosta de ser enganado, qual a razão
d’alguém em querer ludibriar a outrem?
Seria um vício?
Está aqui uma afronta ao conhecido e bíblico conselho:
“Não faças a ninguém o que não queres que te façam” (Tobias 4:15)
E na forma positiva desta regra o Cristo nos ensina:
“Tudo aquilo que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles”
(Mateus 7: 12)
A chamada “regra de ouro”
Mas, a verdade é que poucos a seguem
E, no que diz respeito ao nosso estudo, a verdade é que muitos também
gostam da mentira
Ou, se não gostam de recebê-la, todavia se aprazem em divulgá-la
Entenderam porque eu quis mencionar a respeito da “regra de ouro”
(inclusive em seu modo invertido)?
E EIS QUE ENTRAM EM CENA ... AS FAKE-NEWS
Pois bem, dando prosseguimento é mais que certo dizer que em toda a
História nunca as informações foram mais rápidas que no atual momento
Sim, estamos na “época das informações rápidas e velozes”
E o que é melhor (será?): a ser realizado de forma fácil
Em que praticamente todo mundo tem acesso
Mas, dado a isto é onde mais uma vez nos ensina o Cristo:
“É preciso separar o joio do trigo”
Serei mais direto:
Estamos no período das informações “bombadas”
Como a se dizer: “viralizadas”
E, também, no “tempo das fake-news” (informações e notícias falsas)
Sendo que estas estão mais disparadas que nunca
Sim, se as “teorias da conspiração” se fixam como um câncer no corpo
da sociedade (gradativamente), hoje as notícias falsas correm na velocidade
da luz (ou co’uma rapidez ainda maior ... que a própria luz)
E por quê?
Porque é fácil acreditar n'uma mentira
Principalmente levando-se em conta que as pessoas não apuram nada
Usam pouquíssimo o pensamento
E "engolem" tudo o que recebe
E é onde se pergunta:
* Será que as pessoas gostam de receber notícias ou divulgações falsas?
* E o que alguém ganha em espalhá-las?
* Por que faz isto: em propagar mentiras?
Apenas para se ter a satisfação em confundir os outros?
Ah! E aproveitando o espaço, do que teve de fake-news sobre as vacinas
no perído da Pandemia da COVID-19 só Deus sabe a sua real conta
E praticadas por pessoas irresponsáveis que tiveram o prazer de querer
desinformar os outros
É uma pena que ainda não foi criado uma vacina contra elas - as fake-news
Bem, todos, de certa forma, querem a verdade [do que está em nosso
espaço vivente]
E ouso a dizer que as “verdades temporais” são, sem dúvida, mais
Importantes que as “verdades eternas”
Sim, queremos saber se a gasolina em nosso carro não está adulterada
Ao que preferimos mais saber sobre ela do que a existência do início do
universo
Desejamos ter conhecimento se o vinho que bebemos não é falsificado
Onde [isto] é mais importante que saber se quem nasceu primeiro foi o
ovo ou a galinha ou a respeito de teorias metafísicas
Queremos saber se a notícia do aumento do salário mínimo é verdadeira
A se dizer que isto mais nos importa que saber se o Mar Vermelho foi mesmo
aberto ou se aquilo foi narrado em sentido figurado
Desejamos (e com extrema necessidade) saber se o que está sendo falado
a respeito da separação de certo casal da mídia é boato ou verdade
E “precisamos” saber sobre isto mais do que se o átomo pode ser dividido
ou não
E das coisas temporais externas, incrivelmente “temos [delas] urgência
de suas verdades” que as circunstâncias que sejam somente nossas
Como, por exemplo, se o transplante de coração de certo artista não foi
“feito debaixo dos panos” (no que ele furou ou não a fila do SUS),
enquanto não nos importamos nada com a nossa própria saúde
Ou, como a se dizer: “a verdade da vida alheia é mais importante que a nossa”
Meu Deus! Quem foca somente em sua própria vida não perde seu tempo
com fofocas a respeito de vidas alheias
Mas, como são poucos que deste modo seguem suas vidas ... por aí vão
E na História, para quem não quer ser iludido, também tem seus amantes
Onde muitos querem saber se os “heróis” que nos ensinaram na escola
foram de fato heróis e “aquilo tudo” o que deles foi dito,
ou se não passam de mitos e fábulas
É isso aí!
E não somente a História das páginas passadas
Mas também da História a que s’escreve agora (ou mesmo para o futuro)
Serei mais claro:
Se votamos em alguém n’uma eleição direta, faz-se preciso saber
qual é o candidato realmente fiel [ou, n’uma simples palavra: o verdadeiro]
(Se é que existe algum)
É onde nós, anônimos, participamos da História (no que ela é escrita)
Perceberam bem aonde eu quero chegar?
E voltando à “era das informações falsas” (fake-news), hoje “chove de todos
os lados” um monte delas
Principalmente por causa do cenário político e ideológico a pairar sobre o país
E, dado ao que o espaço s’encontra “polarizado” (politicamente),
infelizmente tal arma suja (das fake-news) é utilizado por ambos os lados
E quem sai perdendo mais com isto é o povo (ou somente o povo)
Bom, não querendo que fique uma “novela interminável”, retorno a pergunta
(feita por Pilatos):
“O que é a verdade”
Ou seria também correto perguntar: “Onde está ... a verdade”?
Seria interessante para ti conhecer a justiça ou preferirias que ela
estivesse oculta?
Ou seja: que somente uns poucos conhecessem a verdade?
(Que são, na verdade, as pessoas de seu grupinho “injusto”)
Ah! A verdade ...
A que co’ela nos preocupamos ... mais que tudo
Sobretudo, no cotidiano de nossas vidas
E, portanto, de certa forma, por ela procuramos
Seria por amá-la ... ou mais seria ... para evitá-la?
Da verdade a ser dita que nem sempre queremos saber [a verdade]
Pelo que [ela] nos incomodará (decerto)
Ou por que não queremos ser desiludidos
E, assim, libertos d’uma apegada e confortável ilusão
Quem sabe, visto que [ela] nos dá ... segurança
E assim, queremos que a mentira [à qual nela acreditamos]
seja verdade!
E em nome cada qual de su’amada mentira nos dividimos
E nos agredimos ...
Ou mesmo matamos
Ou nos matamos
(em nome de nossas mentirosas, mas adoradas verdades)
SÓ PARA TERMINAR
O segredo para saber se alguém ou uma circunstância é verdadeira
ou mentirosa só precisa de um instrumento:
Analisar ou fazer uma investigação (de preferência pessoal) sobre eles
Ou seja: “colocar o cérebro para trabalhar” e fazer isto sozinho
(A fim de que não seja influenciado por ninguém)
Bom, e com relação aos sentimentos, confias neles a ponto de
não querer [nem precisar] investigá-los, ou [eles] dominantes são em
tal grau que o fazes [neles] “mergulhar de cabeça”?
E então, não seria mil vezes melhor para ti que conhecesses seus
sentimentos e desejos para saber se são verdadeiros ou não?
Ah! Eu sei: ninguém tem cabeça para pensar nessas horas
Talvez, por isso o profeta escreveu:
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas,
e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá (Jeremias 17:9)
E uma pergunta que não quer calar:
Por que a “verdade” muitas vezes se oculta de nós?
Ou por que ela de nós se desvia ou parece querer [de nós] s’esconder?
Seria por que amamos por demais a mentira?
E a verdade a respeito da morte, interessas-lhe
ou tens medo de saber a “verdadeira” resposta?
Oh! Talvez a morte não seja tão feia ... (como todo mundo imagina que seja)!
Carlos Renoir
Rio de Janeiro, 18 de setembro de 2023
IMAGENS: INTERNET
**************************
FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
A AMADA MAIS QUE TUDO (OU NÃO) VERDADE
“Respondeu Jesus: ‘Sim, eu sou rei.
É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo.
Todo o que é da verdade ouve a minha voz’.
Disse-lhe Pilatos: ‘Que é a verdade?’” (João 18:37-38)
E então, boa pergunta, não? “Quid est veritas”? (Que é a verdade?)
Ah, a verdade!
Ou seria ... a “Verdade” (com “V” maiúsculo mesmo)?
Que é a VERDADE?
Seria “a coisa” mais querida (mais desejada) e, portanto, mais amada na vida?
O que dizem alguns sobre isto?
Seria a verdade amada [por todos] ou seria a mais [por muitos] odiada?
Ou seria ao mesmo tempo (por alguém) as duas coisas?
Bem, tomo como ponto de apoio o incrível Agostinho de Hipona
(Mais conhecido como “Santo Agostinho”)
E eis o que ele disse em suas “Confissões”:
“Conheci muitos homens dispostos a enganar a outros, mas nenhum
disposto a ser enganado. Onde conheceram essa felicidade, senão
onde conheceram a verdade? Se de fato não querem ser enganados,
é porque amam também a verdade” (de seu livro “confissões”)
Pois bem, talvez seja um estudo antropológico este estranho paradoxo,
em dizer que muitos amam a verdade e a mentira ao mesmo tempo
Sim, do estranho prazer de inúmeras pessoas em dizer e divulgar mentiras,
mas jamais em querer que alguém minta para elas
Ou que as enganem com palavras mentirosas e fraudulentas
Bom, perguntinhas bobas:
* Quando você pergunta [a alguém] por qualquer coisa, preferirias ouvir dele
a verdade ou gostarias de ser “enganado”?
* Quando você liga a TV para ver o jornal, seria de teu prazer receber
notícias falsas?
* Quando você pesquisa por algo na Internet o que buscas seria a verdade
ou a mentira?
É aí que mora uma interessante questão:
Talvez nem todos gostariam de ouvir (o tempo todo) a verdade d’algum fato
É verdade!
Outras perguntinhas bobas (aquelas cuja resposta é o óbvio):
* Se você conhecesse “os podres” de seu “político de estimação”,
ou seja, a sua verdadeira face, ainda assim votaria nele?
* Se você conhecesse os verdadeiros fatos de certo nome político
ficarias alegre ou desapontado co’ele?
Pense bem, meu amigo, é como se diz:
“o pior cego é aquele que não quer ver”
* E então, seria uma “libertação” se soubesses quem [ele] é
no que o verias em sua “nudez e verdade”?
Digo isto por que, em minha ótica, conhecer a verdade de alguém
pode ser decepcionante, mas no final será a libertação de quem o
enxergava de forma míope
Ao que abandonará a “ideia” que o escravizava, e que se tinha a
respeito dele
Raciocinemos:
O fato de você ser “perdidamente apaixonado” por alguém,
seja uma pessoa, um partido político, um regime de governo,
uma religião, uma ideologia ... tudo isto te impede de ver bem a verdade,
não é verdade?
Ou, na maioria das vezes, te torna cego ao que não vês nada
E por quê?
Justamente por ser d’alguém um entorpecido adorador
E em razão disto, não podes ver também com clareza os “inimigos dele”
(Que, sem perceber, igualmente passaram a ser seus)
E, só para completar:
Há pessoas que nem provas e evidências são capazes de mudar o ponto
de vista d’uma pessoa por seu deus, dado ao fato que não querem
acreditar no que é mostrado
E são capazes até de “justificar seus podres”
Tornando-se seus maiores advogados de defesa
Ah, meu amigo, o mal de muita gente é de achar que “precisamos de
gente demais” (e que serão nossos salvadores)!
E têm por nossa conta como os heróis da saga, quando quase todos são
os vilões da estória!
Mas, “nada existe oculto que não venha a ser revelado, nem oculto
que não venha a ser descoberto” (Lucas 8:17)
Que bom, não?
E as perguntas continuam:
* Por que é tão fácil acreditar em “boatos”?
* E será que realmente “acreditamos” ou, na verdade, “queremos [neles]
acreditar”?
E o mesmo movimento se faz da forma contrária:
Certos fatos não é que neles não acreditamos, mas, sim, por que
“não queremos acreditar”
Levando-se em conta de que seria como a deixar cair um
deus de barro ao chão, e, deste modo, espatifá-lo
Mas, sabendo-se que ninguém gosta de ser enganado, qual a razão
d’alguém em querer ludibriar a outrem?
Seria um vício?
Está aqui uma afronta ao conhecido e bíblico conselho:
“Não faças a ninguém o que não queres que te façam” (Tobias 4:15)
E na forma positiva desta regra o Cristo nos ensina:
“Tudo aquilo que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles”
(Mateus 7: 12)
A chamada “regra de ouro”
Mas, a verdade é que poucos a seguem
E, no que diz respeito ao nosso estudo, a verdade é que muitos também
gostam da mentira
Ou, se não gostam de recebê-la, todavia se aprazem em divulgá-la
Entenderam porque eu quis mencionar a respeito da “regra de ouro”
(inclusive em seu modo invertido)?
E EIS QUE ENTRAM EM CENA ... AS FAKE-NEWS
Pois bem, dando prosseguimento é mais que certo dizer que em toda a
História nunca as informações foram mais rápidas que no atual momento
Sim, estamos na “época das informações rápidas e velozes”
E o que é melhor (será?): a ser realizado de forma fácil
Em que praticamente todo mundo tem acesso
Mas, dado a isto é onde mais uma vez nos ensina o Cristo:
“É preciso separar o joio do trigo”
Serei mais direto:
Estamos no período das informações “bombadas”
Como a se dizer: “viralizadas”
E, também, no “tempo das fake-news” (informações e notícias falsas)
Sendo que estas estão mais disparadas que nunca
Sim, se as “teorias da conspiração” se fixam como um câncer no corpo
da sociedade (gradativamente), hoje as notícias falsas correm na velocidade
da luz (ou co’uma rapidez ainda maior ... que a própria luz)
E por quê?
Porque é fácil acreditar n'uma mentira
Principalmente levando-se em conta que as pessoas não apuram nada
Usam pouquíssimo o pensamento
E "engolem" tudo o que recebe
E é onde se pergunta:
* Será que as pessoas gostam de receber notícias ou divulgações falsas?
* E o que alguém ganha em espalhá-las?
* Por que faz isto: em propagar mentiras?
Apenas para se ter a satisfação em confundir os outros?
Ah! E aproveitando o espaço, do que teve de fake-news sobre as vacinas
no perído da Pandemia da COVID-19 só Deus sabe a sua real conta
E praticadas por pessoas irresponsáveis que tiveram o prazer de querer
desinformar os outros
É uma pena que ainda não foi criado uma vacina contra elas - as fake-news
Bem, todos, de certa forma, querem a verdade [do que está em nosso
espaço vivente]
E ouso a dizer que as “verdades temporais” são, sem dúvida, mais
Importantes que as “verdades eternas”
Sim, queremos saber se a gasolina em nosso carro não está adulterada
Ao que preferimos mais saber sobre ela do que a existência do início do
universo
Desejamos ter conhecimento se o vinho que bebemos não é falsificado
Onde [isto] é mais importante que saber se quem nasceu primeiro foi o
ovo ou a galinha ou a respeito de teorias metafísicas
Queremos saber se a notícia do aumento do salário mínimo é verdadeira
A se dizer que isto mais nos importa que saber se o Mar Vermelho foi mesmo
aberto ou se aquilo foi narrado em sentido figurado
Desejamos (e com extrema necessidade) saber se o que está sendo falado
a respeito da separação de certo casal da mídia é boato ou verdade
E “precisamos” saber sobre isto mais do que se o átomo pode ser dividido
ou não
E das coisas temporais externas, incrivelmente “temos [delas] urgência
de suas verdades” que as circunstâncias que sejam somente nossas
Como, por exemplo, se o transplante de coração de certo artista não foi
“feito debaixo dos panos” (no que ele furou ou não a fila do SUS),
enquanto não nos importamos nada com a nossa própria saúde
Ou, como a se dizer: “a verdade da vida alheia é mais importante que a nossa”
Meu Deus! Quem foca somente em sua própria vida não perde seu tempo
com fofocas a respeito de vidas alheias
Mas, como são poucos que deste modo seguem suas vidas ... por aí vão
E na História, para quem não quer ser iludido, também tem seus amantes
Onde muitos querem saber se os “heróis” que nos ensinaram na escola
foram de fato heróis e “aquilo tudo” o que deles foi dito,
ou se não passam de mitos e fábulas
É isso aí!
E não somente a História das páginas passadas
Mas também da História a que s’escreve agora (ou mesmo para o futuro)
Serei mais claro:
Se votamos em alguém n’uma eleição direta, faz-se preciso saber
qual é o candidato realmente fiel [ou, n’uma simples palavra: o verdadeiro]
(Se é que existe algum)
É onde nós, anônimos, participamos da História (no que ela é escrita)
Perceberam bem aonde eu quero chegar?
E voltando à “era das informações falsas” (fake-news), hoje “chove de todos
os lados” um monte delas
Principalmente por causa do cenário político e ideológico a pairar sobre o país
E, dado ao que o espaço s’encontra “polarizado” (politicamente),
infelizmente tal arma suja (das fake-news) é utilizado por ambos os lados
E quem sai perdendo mais com isto é o povo (ou somente o povo)
Bom, não querendo que fique uma “novela interminável”, retorno a pergunta
(feita por Pilatos):
“O que é a verdade”
Ou seria também correto perguntar: “Onde está ... a verdade”?
Seria interessante para ti conhecer a justiça ou preferirias que ela
estivesse oculta?
Ou seja: que somente uns poucos conhecessem a verdade?
(Que são, na verdade, as pessoas de seu grupinho “injusto”)
Ah! A verdade ...
A que co’ela nos preocupamos ... mais que tudo
Sobretudo, no cotidiano de nossas vidas
E, portanto, de certa forma, por ela procuramos
Seria por amá-la ... ou mais seria ... para evitá-la?
Da verdade a ser dita que nem sempre queremos saber [a verdade]
Pelo que [ela] nos incomodará (decerto)
Ou por que não queremos ser desiludidos
E, assim, libertos d’uma apegada e confortável ilusão
Quem sabe, visto que [ela] nos dá ... segurança
E assim, queremos que a mentira [à qual nela acreditamos]
seja verdade!
E em nome cada qual de su’amada mentira nos dividimos
E nos agredimos ...
Ou mesmo matamos
Ou nos matamos
(em nome de nossas mentirosas, mas adoradas verdades)
SÓ PARA TERMINAR
O segredo para saber se alguém ou uma circunstância é verdadeira
ou mentirosa só precisa de um instrumento:
Analisar ou fazer uma investigação (de preferência pessoal) sobre eles
Ou seja: “colocar o cérebro para trabalhar” e fazer isto sozinho
(A fim de que não seja influenciado por ninguém)
Bom, e com relação aos sentimentos, confias neles a ponto de
não querer [nem precisar] investigá-los, ou [eles] dominantes são em
tal grau que o fazes [neles] “mergulhar de cabeça”?
E então, não seria mil vezes melhor para ti que conhecesses seus
sentimentos e desejos para saber se são verdadeiros ou não?
Ah! Eu sei: ninguém tem cabeça para pensar nessas horas
Talvez, por isso o profeta escreveu:
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas,
e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá (Jeremias 17:9)
E uma pergunta que não quer calar:
Por que a “verdade” muitas vezes se oculta de nós?
Ou por que ela de nós se desvia ou parece querer [de nós] s’esconder?
Seria por que amamos por demais a mentira?
E a verdade a respeito da morte, interessas-lhe
ou tens medo de saber a “verdadeira” resposta?
Oh! Talvez a morte não seja tão feia ... (como todo mundo imagina que seja)!
Carlos Renoir
Rio de Janeiro, 18 de setembro de 2023