À Espero...
À Espero...
Faço um monte de areia diante da maré vil, olho o horizonte sem linha a torne-a-lo descrevendo o quão ilimitado são nossos destinos.
Neste mesmo horizonte uma nau singra com cursos definidos, com tripulação, ou, apenas cargas de pouca importância, mas, a depender do peso, naufraga, ou, chega a sua origem.
Uma onda então, desmancha o monte que fiz, deixando para trás apenas um pequena ruma do que fora uma história, e, cada grão retirado, reflete cada gesto, cada palavra, descrita no diário da vida.
Entretanto, a mesma onda arruma uma porção bem definida da mesma areia sem as mãos deste ser sentado à sua beira, percebo então, que, em sua composição uniforme, dita em sons do profundo mar sobre um novo mergulho nesta orla de sentimentos, ora tão claros como os lençóis d'água, noutra tão incompreendidas como os velhos pergaminhos de Tot, mas, com certeza, em toda incerteza do viver, assim, como todo navegar, tem como guia a Estrela Polar encontrada na Ursa Menor para trazer-te-a de volta à meus braços quando retornar da sua viagem.
Texto: À Espero...
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 14/09/2023 às 19:47