Quem disse que a vida é justa?

Márcia Antunes, nossa professora de Iniciação à Teoria do Direito, repetia sempre: "quem disse que a vida é justa?"

Na verdade, as pessoas tomam as outras por si mesmas. O homem como medida do próprio homem.

Dessa forma, os ímpios julgam a humanidade ímpia, e agem sem peso na consciência.

Os inocentes acreditam os outros inocentes.

Os mais corajosos, entretanto, conhecem as perversões de sua própria alma, e trabalham para domesticá-las.

Sócrates e Paulo aludem a elas. Do primeiro, chega-nos o lema "conhece-te a ti mesmo". Do segundo encontramos a alusão ao espinho que o feria, que uns tantos entendem ser puramente físico.

Paulo foi um apóstolo genuinamente diferente dos demais. Também sua vida o diferenciou não apenas dos irmãos em credo, mas de quantos com ele conviveram, a seu tempo.

Dessarte, existe a possibilidade de referir-se ele a espinhos, quando remetia-se a experiências do espírito, assim como o próprio mestre aludia a parábolas.

Entretanto, poucos, muito poucos, são os homens que lutam por conhecer as próprias imperfeições.

Menos ainda os que têm em seu caráter força e coragem para tentar corrigi-las.

Maria da Glória Perez Delgado Sanches

Membro Correspondente da ACLAC – Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo, RJ.

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