Nada de choro, flores e velas
Quando eu tiver que cruzar novamente a fronteira que divide os "vivos" dos "mortos" - os "vivos" que estão temporariamente "mortos" e os "mortos" que estão eternamente "vivos" - não quero que chorem à beira da sepultura, nem renovem as flores, acendam velas ou lavem a lápide, no dia 2 de novembro. Bastam-me os pensamentos de afeto e as flores da lembrança. Com certeza não estarei mais ali. É possível até que esteja de volta, em algum lugar, no útero de alguma futura mãe.