QUEIRA DEUS QU’EU MORRA COM A MINHA HIPERTENSÃO
Sou portador de HAS (hipertensão arterial sistêmica)
Ao qu’eu sou, portanto, um hipertenso crônico
(Como milhões neste mundo)
E, onde, querendo ou não, sou obrigado a aceitar a minha patologia
Todavia, não me revolto co’ela
Oh! de form’alguma, jamais
E peço a Deus qu’eu morra ... com a minha hipertensão
(Se ela não pode ser de mim suprimida e, assim, realmente eliminada)
Meu irmão mais velho tem DM2 (diabetes mellitus tipo 2)
Esta síndrome metabólica decorrente da falta de insulina
ou do pâncreas em produzi-la a nível adequado
A se concluir (é claro) sê-lo diabético
No que também convive com o seu peculiar distúrbio
(Como tantos no mundo)
E, como eu, também não é um indignado com a sua doença
Não têm este tolo pensamento
Muitas vezes, e por parte de muitos, nascido do orgulho de achar
que não se "merecesse" sofrê-la
E queria Deus que ele venha a morrer ... com a sua diabetes
(Enquanto esta não tiver uma definitiva cura)
Meu sobrinho é portador de DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica)
Um mal que atinge diversas pessoas no mundo
Esta angustiante doença a que já o atacou com várias crises de dispneia
Todavia, ele se cuida
Até porque já sentiu na pele o quanto é desesperador quando o ar lhe falta
E espero que ele venha a morrer ... com este seu específico distúrbio
Sim, que todos e cad’um de nós venha a morrer “com a sua” doença (crônica)
Mas, jamais “de sua” doença
Ou que a doença (própria de cad’um) venha a nos matar
Isto de form’alguma
Mas, para que tal [mal] não suceda é onde entra o que se denomina
por “prevenção secundária”
Já que a doença se instalou (e não irá dar o fora ... de quem a tem)
No que necessariamente faz-se preciso ... se cuidar
Considerando que terá de conviver co’ela
E aqui vale saber
A “prevenção primária” é feita para se “prevenir” duma doença
A “prevenção secundária” é quando se trata do processo que já instalou
E a “prevenção terciária” é designada para tratar de sequelas
ou incapacidades crônicas [ocasionadas por específica patologia)
Sendo assim, no que diz respeito a doenças crônicas é simples:
Ou se saiba conviver co’elas ... ou então “bata na lona”
E desista de lutar
E “entrega os pontos”
E desista de ti mesmo
No decretou a sua derrota
Talvez porque se cansou da luta
Da doença que foi mais forte que tu!
Eu não pretendo desistir
E quanto a ti?
E quer mais um conselho?
Procure um bom médico
Antes que o coveiro t’encontre primeiro
Mas, que fique bem claro:
Que seja um bom médico e não um “curandeiro”, um “pai de santo”,
um pai de terreiro, algum vigarista, ou coisa parecida
É a sua saúde que está em jogo
É a sua vida
Lembre-se disso
E faça sempre ... a sua parte
Ou você quer ir para a cova mais cedo?
E quanto ao que no início foi dito, oh! que fique bem claro:
Morra, então, “com a sua doença” mas jamais “dela” (devido a ela)
Sim, e nunca por "sua causa" (de você mesmo, pelo que não se cuidou)
E “viva” [bem] co’ela (com a sua doença)
E resumindo: “se cuide”
Carlos Renoir
Rio de Janeiro, 29 de agosto de 2023
IMAGENS: INTERNET
MÚSICA:
“O PULSO” – Titãs
https://www.youtube.com/watch?v=Yq2eTLEKW1s
“O PULSO” - Arnaldo Antunes (ao vivo)
https://www.youtube.com/watch?v=J2cZuWyN5YY
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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES:
QUEIRA DEUS QU’EU MORRA COM A MINHA HIPERTENSÃO
Sou portador de HAS (hipertensão arterial sistêmica)
Ao qu’eu sou, portanto, um hipertenso crônico
(Como milhões neste mundo)
E, onde, querendo ou não, sou obrigado a aceitar a minha patologia
Todavia, não me revolto co’ela
Oh! de form’alguma, jamais
E peço a Deus qu’eu morra ... com a minha hipertensão
(Se ela não pode ser de mim suprimida e, assim, realmente eliminada)
Meu irmão mais velho tem DM (diabetes mellitus)
Esta síndrome metabólica decorrente da falta de insulina
ou do pâncreas em produzi-la a nível adequado
A se concluir (é claro) sê-lo diabético
No que também convive com o seu peculiar distúrbio
(Como tantos no mundo)
E, como eu, também não é um indignado com a sua doença
Não têm este tolo pensamento
Muitas vezes, e por parte de muitos, nascido do orgulho de achar
que não se "merecesse" sofrê-la
E queria Deus que ele venha a morrer ... com a sua diabetes
(Enquanto esta não tiver uma definitiva cura)
Meu sobrinho é portador de DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica)
Um mal que atinge diversas pessoas no mundo
Esta angustiante doença a que já o atacou com várias crises de dispneia
Todavia, ele se cuida
Até porque já sentiu na pele o quanto é desesperador quando o ar lhe falta
E espero que ele venha a morrer ... com este seu específico distúrbio
Sim, que todos e cad’um de nós venha a morrer “com a sua” doença (crônica)
Mas, jamais “de sua” doença
Ou que a doença (própria de cad’um) venha a nos matar
Isto de form’alguma
Mas, para que tal [mal] não suceda é onde entra o que se denomina
por “prevenção secundária”
Já que a doença se instalou (e não irá dar o fora ... de quem a tem)
No que necessariamente faz-se preciso ... se cuidar
Considerando que terá de conviver co’ela
E aqui vale saber
A “prevenção primária” é feita para se “prevenir” duma doença
A “prevenção secundária” é quando se trata do processo que já instalou
E a “prevenção terciária” é designada para tratar de sequelas
ou incapacidades crônicas [ocasionadas por específica patologia)
Sendo assim, no que diz respeito a doenças crônicas é simples:
Ou se saiba conviver co’elas ... ou então “bata na lona”
E desista de lutar
E “entrega os pontos”
E desista de ti mesmo
No decretou a sua derrota
Talvez porque se cansou da luta
Da doença que foi mais forte que tu!
Eu não pretendo desistir
E quanto a ti?
E quer mais um conselho?
Procure um bom médico
Antes que o coveiro t’encontre primeiro
Mas, que fique bem claro:
Que seja um bom médico e não um “curandeiro”, um “pai de santo”,
um pai de terreiro, algum vigarista, ou coisa parecida
É a sua saúde que está em jogo
É a sua vida
Lembre-se disso
E faça sempre ... a sua parte
Ou você quer ir para a cova mais cedo?
E quanto ao que no início foi dito, oh! que fique bem claro:
Morra, então, “com a sua doença” mas jamais “dela” (devido a dela)
E nunca por "sua causa" (de você mesmo, pelo que não se cuidou)
E “viva” [bem] co’ela (com a sua doença)
E resumindo: “se cuide”
Carlos Renoir
Rio de Janeiro, 29 de agosto de 2023