VEZES DE INSÔNIA...
Às vezes me pego sem sono,
No meu sim vil tal abandono,
Recordo do meu passado,
De lugar que deveria ter estado,
Lugar em que tudo poderia
Acontecer, sem e com fantasia...
Mil oportunidades deixei
De aproveitar, só, porque,
Lá não estive e não estarei,
Simples, eu lá pois deixei
Quem haveria de me amar,
E, com esse alguém deveria estar
Aqui e agora, neste meu instante
De insônia sutil constante...
Às vezes me pego, entristecido,
Por não ter-me casualmente ido
Nesses lugares que não os visitei,
E quem deveria me amar não encontrei...
E, assim, sim, tento pois dormir,
Mas não tem jeito à mim,
Então me fecho em mim mesmo,
Me recolho e choro, à esmo...