A respeito e a despeito do Tempo

Desde sempre, somos acossados pelo tempo e sua incansável onipresença. Não podemos passar despercebidos ao seu olhar dardejante. Nós poderemos tentar nos esconder, mas será em vão. Não há esconderijo inatingível que possamos escapar desse elemento magnífico. É impossível escaparmos do tempo. Os dentes das engrenagens do tempo vão triturando, impiedosamente, nossa juventude. Esse mecanismo natural da vida se mantém sempre lubrificado com seu óleo responsável por evitar o seu desgaste... pelo contrário, nós que somos corroídos pelo senhor imponente chamado Tempo: excessivamente majestoso. Estamos tique-taqueando entre seus dentes crudelíssimos. Ele nos mastiga silenciosa e pacientemente, ele nos engole de geração em geração. Ele nos destrói. Somos apenas fragmentos de uma coisa muito maior. Mas a despeito da sua grandiosidade, há algo que ele não pode nos impedir: nossa vontade veemente de viver, de sorrir, de 𝑐𝑎𝑟𝑝𝑒𝑑𝑖𝑒𝑚𝑎𝑛𝑎𝑟, mesmo com intempéries que possam surgir em nossas vidas... este mundo é um milagre, nós somos milagres... que nós não nos acostumemos com o mundo... portanto, não apenas exista... VIVA!!!