ENTRE LINHAS
LUIZ AUGUSTO DA COSTA
Nas entre linhas
Dos textos que a vida escreve
Com enredos, lamentos e trilhas
Cheio de sofrimento e paixões tão breve.
Vem lamento de quem perde
E os que cantam alegria feliz
E os que se encantam e saciam a sede
Num olhar cativante onde a palavra silencia e a alma tudo diz.
Enquanto olhares tristes, num vendaval cenográfico
Daquele que só existe
Como coadjuvante de um duelo plasmático
E nas entre linhas que compõe
Um enredo doloso
Não percebem nem supõe
As perdas os danos e prejuízos desastroso
E nós fantoches inúteis
Manipulados buscando o fechamento da cortina
Feito inocentes fúteis
Sem cordões que nos aprisione, numa gaiola invisível
Onde tudo termina.