I-C Jaezes de vida e morte
Enquanto a lua atravessa o ensolarado céu que,
sobre meus sonhos, reflete tudo que amarguro.
Me convenço de estar bem, pois se perco a vida,
terás de fato prova de que não me tens.
Pois amaldiçoaram setembro, e nisto fomos também.
Já não sou hábil para falar tão bem sobre a tristeza que meu pai tem.
Com dificuldade o sinto, pois extravaso o vício do meu próprio castigo.
É como se sua alma fosse o triplo de uma, com três corações no peito
onde apenas um bate por desejo.
Amedrontarei, hoje, os espíritos de todas as valas,
olhando para a lua cheia que a nós não é capaz de nada.
Vislumbrando um sonho sem portas para os que vivem em adultério,
temendo estar amaldiçoando meu amado sob este teto.
Anseio pela galopada que carrega vestígios de vidas passadas,
mesmo que metade da história me traga,
pois perco-me por um homem que não me referirá a fala.
Resta alegrar-me mais tentando do que conquistando,
alcoolizando-me no assombro da noite
que se estende como uma semana de Pessach.
E, desde que seja minha vida, me contenta.
Namahages preferem castigar-me com verdades
que ridicularizam meu sonhar,
pois mal tenho mais vergonha de sangrar.