Nada Sei...
Nada Sei...
Um homem ver-se diante do oráculo, e, pergunta:
- Delfos, como posso encontrar o que supostamente perdi, em meio de tantos achados.
O oráculo fica em silêncio.
O homem fica contrariado, blasfema contra os deuses, vira de costa à Delfos em sinal de desrespeito e sai. Ao sair do templo observa silenciosamente um casal, estes andavam de mãos dadas, conversando, sorrindo, algumas vezes trocando beijos (selos) carinhosamente levando o homem a pensar:
- Qual fase eles estão agora?
Lembrou-se de ter conhecido uma certa mulher ao sul, numa das viagens que fazia levando seus poemas a quem desejasse ouvir. Aquela de quem tinha lhe roubado a atenção aproximou-se devagar e pedindo uma poesia apenas para seu deleite sorri. Ele, assentiu e prontamente começou a recitar um poema intitulado: "A Voz do Mar". Ela deixara um comentário que o deixou encantado com tais palavras, esse encanto tomou posse dos dois corações simultaneamente ainda que ela não houvesse percebido, pois, devido a sua cultura, e, crenças seguia uma regra, mas, que no fundo era o mesmo seguir.
De repente ele desperta da lembrança, caminhou mais um pouco, sentou a beira do rio, pediu uma cerveja, e, voltando a recordação anterior sorri. Neste retorno vêr-se enamorado, namorando cada momento junto a ela, cada encontro on-line, cada olhar em que, mudo dizia mais que palavras, neste sonho, de recordações presentes ele sabe:
- Nunca nesta vida seriam cúmplices de tais feitos vindouros, nem mesmo iriam trilhar caminhos lado a lado, onde sorrisos seriam marcas registradas, e, como toda união teriam altos e baixos, porém, o sentir venceria as batalhas por vez, se estes deixassem feridas passadas, cicatrizadas ou sentimentos pequenos ocultos.
Ele não conhece esse mundo a qual ela descreveu, ele apenas conhece de doar-se sem medo de naufragar em um mar de aventuras, e, caso vier a afundar ao menos poderá pensar perdido em algum arquipélago que viveu...
Texto: Nada Sei...
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 20/08/2023 às 07:41