ACEITAS AGORA UM DEDO DE PROSA COMIGO?

 

O que gostarias [tu] de saber que ainda está a fugir de [teu] conhecimento?

Ou faltar-lhe-ia, pelo menos, um pouco de curiosidade, d’àquela que

nos pueris tempos a tudo indagava?

Gostarias, por ventura, de saber tudo sobre a vida n’aventura (ou não)

de teu viver?

Sim, nesta vida qu’em teus esforços e lutas buscas a suprema “bem-aventurança”

ou, quem sabe, empenhas-te [nela] sem desejar [aqui] a nada,

no que vives apenas “por viver", e, assim, vives em vão?

Se destarte for, tomo a liberdade de lhe perguntar:

- Quem lhe roubou a sagrada faculdade de “fazer perguntas”?

O “desconhecido” nunca te atraiu, ao que nunca teve o mínimo interesse

em saber o que há depois do “muro do tempo”?

 

 

Verias, pois, passar a vida ao que vivacidade [por ela] não mais terias?

Oh! Felizes os que co’ela estremecem a cad’hora [de suas vidas]

Dos que invadir [por ela] se deixam em toda sua graça

D’antiga alegria na infância d’outrora não mais existe, então?

Foi-se embora da vida ainda que nela acreditas estar

Ai! Que sentido tem a vida d’alguém que deixou de senti-la?

E, pior, nem saudades tem do tempo d’outrora

Daquele que realmente s’estava ... vivo!

 

 

E quanto ao tempo, literalmente falando ...

Sê-lo-ia uma “partícula” que se desvinculou da “eternidade”?

E ele - o tempo - seria diferente [ou mesmo o oposto] da “eternidade”?

Ou ambos seriam uma “coisa só”?

A verdade é que somos feitos [também] de tempo

E da mesma forma que sem a luz ninguém existiria, sem o tempo

também não

 

 

Tomarei um pouco de seu tempo (ainda que quase sempre perdido,

embora não sei se propositalmente ou não) a fim de meditarmos

um pouco ... sobre algumas “coisas”:

Sobre a vida, sobre o mundo, sobre o Homem, sobre o tempo,

sobre Deus, e, na verdade (e sobretudo), “sobre tudo”

 

 

“Modé ani lefanecha

Melech chai vechayan

Seh hechzarta bi

nishmati bechemlá

Rabá emunatecha”

 

 

Tudo bem, acredito que não sejas judeu

E, principalmente, que quando acordas não agradeces a Deus

por mais um dia que Ele lhe dá

E n’àquela pequena oração [de agradecimento] eis o que diz:

“Rendo-Te graças

Rei vivo e eterno

Que me restituíste

minha alma

com misericórdia

Grande é a Tua fidelidade”

 

 

E n’ansiedade que nos rouba [o tempo] nunca lembramos de agradecer

a Deus ... por mais um dia

E, a exemplo do qu’esquecemos de fazer pela manhã

e no restante do dia, nossa vida não s’expressa em “ação de graças”

E nem pensamos nisto, ao que não nos importamos em agradecer [nada] a Deus

Até porque temos coisas “bem mais importantes” para pensar!

 

 

Todavia, que tal andarmos um pouco “na contramão”

do que cotidianamente fazemos?

Vamos lá, então

 

 

O que é a vida?

Seria uma “partícula”?

Seria uma “onda”?

E por que n’ela estamos?

Somos [por ela] gratos?

Será que não deixamos a vida nos bastidores do teatro

e passamos no palco a só interpretar personagens que não somos?

 

 

O que é o tempo?

Seria uma “partícula”?

Seria uma “onda”?

Ou não seria ... “nada”?

A ser apenas uma “cronologia” no espaço do que fazemos ... na vida?

E se ele existe, seria diferente da “eternidade”, ou mesmo dela ... um inimigo?

Mas a verdade é que o tempo tudo vê e tudo ouve

E nada dele escapa [do que há]

Sim, o tempo tem olhos e ouvidos

Ou você não acredita?

Como também tem ... memória

Pelo que nada esquece do que testemunhou desde a primeira hora

do mundo

 

 

O mundo!

O que nele [exteriormente] vemos ... é o que nele somos

Ainda que não totalmente o conheçamos

Embora “mundanos” com o tempo ficamos

Não existe fora e dentro no “humano tempo”

(Não de forma separada)

O que construímos fora é o que fazemos dentro [de nós]

Apenas transferimos para o espaço “de lá” o que somos “de cá”

E, portanto, não existe divisão no tempo

Nem diferença entre nós ... e o mundo

O mundo e nós somos ... um [só]

 

 

O que sou ... dentro do universo?

Seria [eu] uma partícula ... ou uma onda?

Ou não seria [eu] ... cois’alguma (nada)?

E tu, já te perguntou o quê ou quem és [aqui]?

E quem haveria a te dizer quem [tu] és ao que nele, pois, acreditarias?

Bem, caso este tal venha a lhe tirar de su’amada “cova”, esta em que

[nela] tanto te acomodas, decerto encontrastes um verdadeiro amigo

Mas, vai por mim: é melhor [para ti] que sejas [tu] o teu próprio guia

Não confies em ninguém

Digo-lhe [isto] para o seu próprio bem

 

 

E o que é Deus?

Ou, melhor se perguntaria, “quem” é Deus?

Ond’Ele está?

Ou, a pergunta certa seria: ond’Ele não está?

Sim, seria Deus uma “partícula” ou uma “onda”?

Deus!

Significaria [Ele] para ti “alguma coisa” ... ou "cois'alguma" (nada)?

 

 

Pergunto isto visto que no universo ou se é uma partícula

ou então uma onda (qualquer coisa)

Levando-se em conta que o universo é a “casa” de todos

A se compreender que uma “partícula” (qualquer que seja) ocupa

definida área (determinado local) no espaço (ilimitado ou não)

E as ondas se propagam (ou se espalham) na totalidade do espaço

(independentemente se ele é infindável ou ilimitado)

Ou, para que melhor seja entendido, a “partícula” (não importa

seu tamanho) é, na verdade, um objeto com massa e forma precisas

(no que deste modo a define)

Enquanto a onda seria uma “agitação” inserida num ambiente físico

constante e ininterrupto

 

 

E então, o que nós e Deus somos?

Seríamos somente partículas?

Seríamos, quem sabe, “ondas”?

O Homem é diferente de Deus em su’essência?

 

 

Pois bem, se eu dissesse que [em essência] o Homem é Deus

decerto que muitos agora ririam de mim

E, se fosse dito na Idade Média, eu já estaria queimando na fogueira

Oh! E não é que que Cristo ia ser apedrejado por lembrar-nos isto?

“Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei:

Eu disse: Sois deuses?” (João 10:34)

 

 

E nest’instante acabo de me lembrar também da “luz”

Desta que por sua causa muitos brigaram no que uns a definiam sendo

“partícula”, enquanto outros diziam sê-la “onda”

Até o dia em se chegou à conclusão de que a luz é uma “dualidade

onda-partícula”

 

 

E agora eu tenho certeza de que alguém irá me perguntar:

- Para que eu preciso disto saber?

Ao qu’eu lhe direi:

Pelas religiões monoteístas Deus seria uma “grande partícula”

Já que elas o definem como um “Ser” (tal como nós)

Enquanto na visão mística da "Mecânica Quântica"

Deus não poderia estar reduzido dentro do espaço, já que o limitaria

Sim, "limitaria o Ilimitado”, o que seria um absurdo

Tanto em termos de espaço quanto de tempo

Já que qualquer partícula um dia precisou de um “inicio”

A se lembrar que Deus nunca teve um “início”

É esquisito "pra caramba", e dificílimo de entender, eu sei

Isto sem mencionar que Ele seria “menor” que o espaço

O que seria outro absurdo

Mas, a verdade é que Deus é “onda e partícula” ao mesmo tempo

(Como a luz)

De sua transcendência infinitamente ampla, e, portanto, absoluta

“Deus é luz e nele não há treva alguma” (1São João 1:5)

Oh, imagine [alguém] se em Deus houvesse alguma treva!

Simplesmente deixaria, pois, de ser ... Deus

 

 

Resumindo, Deus é “Energia” infinita e ilimitada

A que não pode estar preso a nada

Deus, o nosso Pai Eterno ... é livre

O único realmente livre

Oh, graças a Deus!

 

 

E valei-nos Deus se Ele não fosse [livre]

E mais ainda se Ele não fosse Deus

Deus me livre só de pensar nisto

Porque se Ele não fosse Deus Ele morreria como nós

Ainda que, dentro da visão da "Mecânica Quântica” a morte não existe

A se saber que o que existe é somente uma “mudança de endereço”

Porém, que ninguém venha a achar que estou falando de céu ou inferno

Oh! Deus me livre [também] desses antigos conceitos (metafóricos)

Nada disso

O que muitos chamam de “morte” é, na verdade, uma transformação

a se realizar dentro de um “processo”

Da energia que constantemente se modifica e varia

 

1643245.jpg

 

E que ninguém venha a acreditar que somos “feitos de energia”

Somos ... “energia” 

E a energia jamais acaba ou morre

 

 

Terminado:

O que é ... a “Realidade”?

O que é ... “tudo”?

Podemos “ver tudo” de verdade [no que vemos] ou nossos

olhos nos enganam?

Bem, que nossos olhos muitas vezes [a nós] mentem é fato

Mas na visão literal o que percebemos é tão somente a luz

reproduzida em seus objetos à qual introduzida foi aos olhos

uma “representação do que achamos ser real”, e só

Uma ”interpretação” a nível cerebral, apenas

E não a sua total ou “real (e verdadeira) realidade”

 

 

Quem poderia [nos atuais dias] ser tomado de êxtase”

no que até se “embriagaria” pela “beleza do que é real”?

Mas, a verdade é que nos desviamos dele em função de nossas

ocupações diárias como também por nossas ridículas preocupações

 

1643246.jpg

 

E aqui eu pergunto:

Você tem desejo de ver Deus, ou prefere [como sempre]

s’esconder d’Ele (conforme todos fazem)?

Você está se preparando para o encontro ... co’Ele?

E estaria preparado agora, ou preferiria “deixar para mais tarde”?

Ou será que Ele não estaria aqui nest’instante?

Sim, “Ele está ... no meio de nós”

E sempre estará

Ai de nós se Ele não estiver

“Ele está, sim,... no meio de nós”

E sempre estará

Amém        

 

Carlos Renoir

Rio de Janeiro, 18de agosto de 2023

 

ILUSTRAÇÕES: FOTOS PARTICULARES

 

MÚSICA: “MODEH ANI” – em 6 versões

É só clicar nos links:

 

https://www.youtube.com/watch?v=vg87PHqlMms

 

https://www.youtube.com/watch?v=6VbDOI50Vak

                               

https://www.youtube.com/watch?v=ZpEGeumXViU

 

https://www.youtube.com/watch?v=HIgHN4a_OfE

                               

https://www.youtube.com/watch?v=I6y3NwgEzKc

 

https://www.youtube.com/watch?v=6x30CvC6cdY

 

*****************************************

 

FORMATAÇÃO SEM AS IMAGENS:

 

ACEITA AGORA UM DEDO DE PROSA COMIGO?

 

O que gostarias [tu] de saber que ainda está a fugir de [teu] conhecimento?

Ou faltar-lhe-ia, pelo menos, um pouco de curiosidade, d’àquela que

nos pueris tempos a tudo indagava?

Gostarias, por ventura, de saber tudo sobre a vida n’aventura (ou não)

de teu viver?

Sim, nesta vida qu’em teus esforços e lutas buscas a suprema “bem-aventurança”

ou, quem sabe, empenhas-te [nela] sem desejar [aqui] a nada,

no que vives apenas “por viver", e, assim, vives em vão?

Se destarte for, tomo a liberdade de lhe perguntar:

- Quem lhe roubou a sagrada faculdade de “fazer perguntas”?

O “desconhecido” nunca te atraiu, ao que nunca teve o mínimo interesse

em saber o que há depois do “muro do tempo”?

 

Verias, pois, passar a vida ao que vivacidade [por ela] não mais terias?

Oh! Felizes os que co’ela estremecem a cad’hora [de suas vidas]

Dos que invadir [por ela] se deixam em toda sua graça

D’antiga alegria na infância d’outrora não mais existe, então?

Foi-se embora da vida ainda que nela acreditas estar

Ai! Que sentido tem a vida d’alguém que deixou de senti-la?

E, pior, nem saudades tem do tempo d’outrora

Daquele que realmente s’estava ... vivo!

 

E quanto ao tempo, literalmente falando ...

Sê-lo-ia uma “partícula” que se desvinculou da “eternidade”?

E ele - o tempo - seria diferente [ou mesmo o oposto] da “eternidade”?

Ou ambos seriam uma “coisa só”?

A verdade é que somos feitos [também] de tempo

E da mesma forma que sem a luz ninguém existiria, sem o tempo

também não

 

Tomarei um pouco de seu tempo (ainda que quase sempre perdido,

embora não sei se propositalmente ou não) a fim de meditarmos

 um pouco ... sobre algumas “coisas”:

Sobre a vida, sobre o mundo, sobre o Homem, sobre o tempo,

sobre Deus, e, na verdade (e sobretudo), “sobre tudo”

 

“Modé ani lefanecha

Melech chai vechayan

Seh hechzarta bi

nishmati bechemlá

Rabá emunatecha”

 

Tudo bem, acredito que não sejas judeu

E, principalmente, que quando acordas não agradeces a Deus

por mais um dia que Ele lhe dá

E n’àquela pequena oração [de agradecimento] eis o que diz:

“Rendo-Te graças

Rei vivo e eterno

Que me restituíste

minha alma

com misericórdia

Grande é a Tua fidelidade”

 

E n’ansiedade que nos rouba [o tempo] nunca lembramos de agradecer

a Deus ... por mais um dia

E, a exemplo do qu’esquecemos de fazer pela manhã

e no restante do dia, nossa vida não s’expressa em “ação de graças”

E nem pensamos nisto, ao que não nos importamos em agradecer nada a Deus

Até porque temos coisas “bem mais importantes” para pensar!

 

Todavia, que tal andarmos um pouco “na contramão”

do que cotidianamente fazemos?

Vamos lá, então

 

O que é a vida?

Seria uma “partícula”?

Seria uma “onda”?

E por que n’ela estamos?

Somos [por ela] gratos?

Será que não deixamos a vida nos bastidores do teatro

e passamos no palco a só interpretar personagens que não somos?

 

O que é o tempo?

Seria uma “partícula”?

Seria uma “onda”?

Ou não seria ... “nada”?

A ser apenas uma “cronologia” no espaço do que fazemos ... na vida?

E se ele existe, seria diferente da “eternidade”, ou mesmo dela ... um inimigo?

Mas a verdade é que o tempo tudo vê e tudo ouve

E nada dele escapa [do que há]

Sim, o tempo tem olhos e ouvidos

Ou você não acredita?

Como também tem ... memória

Pelo que nada esquece do que testemunhou desde a primeira hora

do mundo

 

O mundo!

O que nele [exteriormente] vemos ... é o que nele somos

Ainda que não totalmente o conheçamos

Embora “mundanos” com o tempo ficamos

Não existe fora e dentro no “humano tempo”

(Não de forma separada)

O que construímos fora é o que fazemos dentro [de nós]

Apenas transferimos para o espaço “de lá” o que somos “de cá”

E, portanto, não existe divisão no tempo

Nem diferença entre nós ... e o mundo

O mundo e nós somos ... um [só]

 

O que sou ... dentro do universo?

Seria [eu] uma partícula ... ou uma onda?

Ou não seria [eu] ... cois’alguma (nada)?

E tu, já te perguntou o quê ou quem és [aqui]?

E quem haveria a te dizer quem [tu] és ao que nele, pois, acreditarias?

Bem, caso este tal venha a lhe tirar de su’amada “cova”, esta em que

[nela] tanto te acomodas, decerto encontrastes um verdadeiro amigo

Mas, vai por mim: é melhor [para ti] que sejas [tu] o teu próprio guia

Não confies em ninguém

Digo-lhe [isto] para o seu próprio bem

 

E o que é Deus?

Ou, melhor se perguntaria, “quem” é Deus?

Ond’Ele está?

Ou, a pergunta certa seria: ond’Ele não está?

Sim, seria Deus uma “partícula” ou uma “onda”?

Deus!

Significaria [Ele] para ti “alguma coisa” ... ou "cois'alguma" (nada)?

 

Pergunto isto visto que no universo ou se é uma partícula

ou então uma onda (qualquer coisa)

Levando-se em conta que o universo é a “casa” de todos

A se compreender que uma “partícula” (qualquer que seja) ocupa

definida área (determinado local) no espaço (ilimitado ou não)

E as ondas se propagam (ou se espalham) na totalidade do espaço

(independentemente se ele é infindável ou ilimitado)

Ou, para que melhor seja entendido, a “partícula” (não importa

seu tamanho) é, na verdade, um objeto com massa e forma precisas

(no que deste modo a define)

Enquanto a onda seria uma “agitação” inserida num ambiente físico

constante e ininterrupto

 

E então, o que nós e Deus somos?

Seríamos somente partículas?

Seríamos, quem sabe, “ondas”?

O Homem é diferente de Deus em su’essência?

 

Pois bem, se eu dissesse que [em essência] o Homem é Deus

decerto que muitos agora ririam de mim

E, se fosse dito na Idade Média, eu já estaria queimando na fogueira

Oh! E não é que que Cristo ia ser apedrejado por lembrar-nos isto?

“Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei:

Eu disse: Sois deuses?” (João 10:34)

 

E nest’instante acabo de me lembrar também da “luz”

Desta que por sua causa muitos brigaram no que uns a definiam sendo

“partícula”, enquanto outros diziam sê-la “onda”

Até o dia em se chegou à conclusão de que a luz é uma “dualidade

onda-partícula”

 

E agora eu tenho certeza de que alguém irá me perguntar:

- Para que eu preciso disto saber?

Ao qu’eu lhe direi:

Pelas religiões monoteístas Deus seria uma “grande partícula”

Já que elas o definem como um “Ser” (tal como nós)

Enquanto na visão mística da "Mecânica Quântica"

Deus não poderia estar reduzido dentro do espaço, já que o limitaria

Sim, “limitaria o Ilimitado”, o que seria um absurdo

Tanto em termos de espaço quanto de tempo

Já que qualquer partícula um dia precisou de um “inicio”

A se lembrar que Deus nunca teve um “início”

É esquisito "pra caramba", e dificílimo de entender, eu sei

Isto sem mencionar que Ele seria “menor” que o espaço

O que seria outro absurdo

Mas, a verdade é que Deus é “onda e partícula” ao mesmo tempo

(Como a luz)

De sua transcendência infinitamente ampla, e, portanto, absoluta

“Deus é luz e nele não há treva alguma” (1São João 1:5)

Oh, imagine [alguém] se em Deus houvesse alguma treva!

Simplesmente deixaria, pois, de ser ... Deus

 

Resumindo, Deus é “Energia” infinita e ilimitada

A que não pode estar preso a nada

Deus, o nosso Pai Eterno ... é livre

O único realmente livre

Oh, graças a Deus!

 

E valei-nos Deus se Ele não fosse [livre]

E mais ainda se Ele não fosse Deus

Deus me livre só de pensar nisto

Porque se Ele não fosse Deus Ele morreria como nós

Ainda que, dentro da visão da "Mecânica Quântica” a morte não existe

A se saber que o que existe é somente uma “mudança de endereço”

Porém, que ninguém venha a achar que estou falando de céu ou inferno

Oh! Deus me livre [também] desses antigos conceitos (metafóricos)

Nada disso

O que muitos chamam de “morte” é, na verdade, uma transformação

a se realizar dentro de um “processo”

Da energia que constantemente se modifica e varia

 

E que ninguém venha a acreditar que somos “feitos de energia”

Somos ... “energia” 

E a energia jamais acaba ou morre

 

Terminado:

O que é ... a “Realidade”?

O que é ... “tudo”?

Podemos “ver tudo” de verdade [no que vemos] ou nossos

olhos nos enganam?

Bem, que nossos olhos muitas vezes [a nós] mentem é fato

Mas na visão literal o que percebemos é tão somente a luz

reproduzida em seus objetos à qual introduzida foi aos olhos

uma “representação do que achamos ser real”, e só

Uma ”interpretação” a nível cerebral, apenas

E não a sua total ou “real (e verdadeira) realidade”

 

Quem poderia [nos atuais dias] ser tomado de êxtase”

no que até se “embriagaria” pela “beleza do que é real”?

Mas, a verdade é que nos desviamos dele em função de nossas

ocupações diárias como também por nossas ridículas preocupações

 

E aqui eu pergunto:

Você tem desejo de ver Deus, ou prefere [como sempre]

s’esconder d’Ele (conforme todos fazem)?

Você está se preparando para o encontro ... co’Ele?

E estaria preparado agora, ou preferiria “deixar para mais tarde”?

Ou será que Ele não estaria aqui nest’instante?

Sim, “Ele está ... no meio de nós”

E sempre estará

Ai de nós se Ele não estiver

“Ele está, sim,... no meio de nós”

E sempre estará

Amém                 

 

Carlos Renoir

Rio de Janeiro, 18de agosto de 2023

Carlos Renoir
Enviado por Carlos Renoir em 18/08/2023
Reeditado em 19/08/2023
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