Espelho
Se veracidade maliciosa no seu olhar
A velhice é a armadilha do seu corpo
Talvez seja menos doloroso seu beijo
Para o criador do mundo em sua beleza
Enquanto não surge o sol no horizonte
Imaginava isso em sua vida amorosa
Redescobrir seu próprio corpo de mulher
Seu desejo de amar um jovem paladar
Porque o amor é sempre amor não tem idade
Não tinha o prazer em suas paixões diurnas
A melancolia do jovem amante longe de você
Sonha em retornar para sua companhia
Naquela mesa cheia de melancia
Vive um sonho de menina perdida
Secando seu próprio corpo com as mãos
Seus encantos no toque de prazer
Se olha no espelho por algum momento
Era covardia aquele corpo perfeito
Sem ter o prazer carnal nas profundezas
A imagem das belíssimas curvas de seus seios
Substituída pela sua língua vermelha
A vida no toque de seus dedos molhado de perfume
Sua imaginação percorre seu sangue até o pulmão
Faz lembrar da ilusão da vida nos seus momentos
Na sua pele sobre o sol do meio dia
Esbofetear obsessivo diante do seu prazer
Amenizar com um orgasmo em suas mãos
A descoberta de sua infância perdida no porão
Agora com o papel de uma mulher madura
Destinada ao seu pensamento mais profundo
Merece um olhar macio sobre seu corpo
Somente aquilo não foi tocado pelo o homem
Mais avasivo e cuidadoso prazer vaginal
Um lugar onde pudesse gritar de prazer
Sozinha com seus sonhos de menina
Por consolador o espaço em suas mãos
Narra sua aproximação de um orgasmo
Suas aventuras amorosas de frente ao espelho
Deseja que o tempo não para chamas
Envolvente é seus gritos de prazer
Cada dia parece mais e mais freqüente
Pasmada para cada momento de sua intimidade
Destrutiva suas mãos congela seu estomago
Assustada grita de prazer na sua natureza excessiva
Suas mãos percorrem seu corpo molhado
Seu perfume inala sobre o quarto
O suor em seu rosto escorre sobre seus seios
Gemidos sobre a cama desarrumada
O espelho é seu único companheiro
Olhar mais profundo sobre seu corpo
A imensa nudez de sua carne branca
Tenta suportar os gemidos de prazer
Atravessa toda sua ternura de mulher
Ricamente bate seu coração de saudade
Sua fome convulsiva de amar um homem
Sua timidez excessiva e a gagueira
Caiu em um buraco diante do espelho
Pela janela olhava um coelho branco
O desejo de sonhar um pouco com seu amado
Como seria do outro lado do espelho
Nua ou de casaca com flores brancas
Preferia a companhia das rosas vermelhas
Seu diário sobre suas reflexões da maturidade
Ela cultiva o amor pela pureza da língua
Para dar prazer a sua carne de mulher nua
Era uma virgem que improvisava as folhas de buritis
Deixava-lhe apenas duas horas de prazer
O tempo que vai passando pelo os anos
Escreveram no seu diário os dias duros sem prazer
A via-sacra de seu amante na guerra sem fim
Dividia suas reações diante do espelho
Nua com seus seios a mostra para o mundo
Suas pernas molhadas de puro prazerem
Risada com o colorido da primavera
Cavaleiros passavam ao longe na estrada
Olha pela janela com seu olhar de desejo
Por ter um amado na guerra perdido
Lagrimas caiam sobre seu rosto
Por ver os cavaleiros sumir no horizonte
Volta para seu prazer e paixão diária
O espelho é sempre seu melhor amigo
Conta seus segredos sem perder sua alma
Agora esta cansada de esperar por seu amado
Quebras o espelho para morrer sem dor
Deita na cama para o coração para de bater
Lembra de suas melhores noite com seu amor
Não tem mais volta por perder seu amor na guerra
Dirá uma vida por mil de espelho quebrado
As lembraças escritas no papel amarelado
No fundo do baú da velha casa de campo
Sombras lembram as cores do jardim de rosas
Que sempre estava com flores coloridas
Todos passam e olha a janela quebrada
E um longo cabelo caído na varanda
Lembranças de um amor que a guerra não perdoou