O Silêncio e a Espera.
O Silêncio e a Espera.
Um homem olha para o tempo, e, pensa:
- Por que temos que ter horas?
Em seu mundo, um mundo onde é livre, não consegue entender, então, volta em lembranças à alguns dias, algumas horas com certeza, até, segundos exatamente no momento em que, momentaneamente foi dito à ele, que, tinha a liberdade de ligar, ou, falar a qualquer momento, então, continuando em seus pensamentos, lembra:
- Nós temos outros afazeres creio eu, desse modo, não conseguimos ter a tal liberdade, já que, vivemos numa prisão do sobre/viver...
Sentado a beira da Cajazeira, sim, meus amigos, desta vez, ele não sentou-se na velha raiz, apenas preferiu observar-la. Na sua observação viu o caminho traçado pela mesma, umas vezes com precisão da reta tomada, noutras vezes com sutis desvios mudando a cada avanço por natureza dizendo ser melhor, mas, em alguns trechos, pode-se ver uma delicada, porém, tortuosa simetria.
As nossas vidas são como esta raiz cúmplice de tantas escritas. No conhecer, diretamente nos falamos sem cansar, nem, limitar-se as horas, mas, com o tempo, em uma sutil curva, nos vemos frente a frente deixando à mostra todo ou qualquer vontade de estar ali, contudo, suprimindo alguns sentimentos desnecessário ao momento, entretanto, com o passar desse mesmo tempo, este que é ladrão/corsário da nossa razão, quando o sentir rompe barreiras tal qual julgamos ser inquebráveis, neste exato segundo, nos vemos nessa tortuosa e delicada roupas de uma cama de hotel.
Vendo coisas que antes eram leis, hoje, derrubadas por argumentos sem defesa alguma, nos condenando a olhar muitas vezes nos olhos talvez buscando o que já havia encontrado... O real.
Após acordar de tão devanear, ficamos absorto ao mundo que nesta semana, parecia tão paralelo a este, o homem volta a pensar:
- Por que temos que ter horas?
Por um instante... Silêncio e espera.
Texto: O Silêncio e a Espera.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 15/08/2023 às 19:02