Amor Sob o Tempo.
Amor Sob o Tempo.
Podia-se ver a beleza sulista contracenando com o céu, e, o mar.
Em meio ao verde das algas que dançam nos rochedos a beira mar, ela de braços abertos é envolvida pelos braços do tempo.
O mesmo brinca com suas fases...
Chove.
Estia.
No seu meio termo, as duas faces, nesta fase, rouba um beijo nublado.
No céu aberto (Dia), um arco fez-se presente, colorindo a provisória dormida.
No céu fechado (Noite), a luz de velhos sentir, pousa arqueando no olhar da lente sobre um horizonte de tons azulados.
Na madrugada, o amor se fez/faz aberto em nosso desejar, fechou-se, para criar um só momento, e, na ânsia de dar lirismo ao poema... Amor.
A música de Geraldo Azevedo, Talvez Seja Real, cria uma trilha sonora perfeita para os olhares afins.
Dias se seguiram com o mesmo desfecho, mas, com roteiros diversificados pela vida, que, ri, canta, e, com a orla presente... Enamora.
Agora, uma distância comprime o peito, a falta de tesouros faz a Nau ancorar em portos conhecidos por ambos, mas, seus cascos esperam ociosamente uma nova maré, quem sabe desbravando lugares desconhecidos, reconheçam nos dois um único, e, definitivo mar...
Texto: Amor Sob o Tempo.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 15/08/2023 às 13:13