QUEM AGORA ESTÁ VIVO QUE LEVANTE A SUA MÃO
Até quando ...?
Sim, até quando serás apenas um coadjuvante de sua própria vida?
Um estrangeiro em sua pátria, então ...
E vives o tempo inteiro [de sua vida] lá
Ainda que seja ... aqui
E [tu] a não ser nada em seu “lugar”
Que, talvez, nem [agora] mais te pertence
Doeria em ti saber tal verdade?
Talvez não
Do ópio e da morfina que te são as ocupações da vida
(Às quais o mundo despeja sobre todos)
Eis que t’esqueces [de ti mesmo]
(Fato que não podes negar)
E nem percebes que não tanto de amofinas no que fazes [aqui]
E nest’instante ouso [a ti] perguntar:
Por que vives e o que fazes [que seja autenticamente teu] aqui?
Brincas, pois, no tempo que a Vida a todos dá
E destarte perde ambos: a vida e o tempo
E, então, se a Vida te desse outra chance a viverias “do mesmo jeito”
no que em tal grau a desperdiças?
Da verdade é que vives em vão
E se é dito que não faz sentido o teu viver
é porque não sentes ... sua vida
Não sei se a Vida nos perdoará por a termos matado
Realmente não sei
Sim, assassinamos ... a vida
Ou será que nós é que suicidamos?
Bom, prefiro colocar o pronome na segunda pessoa:
Ah, mas de vez em quando até (creio eu) lembras que tens ... uma vida
Embora vives mais em favor dos outros que para ti mesmo
E assim, sem prazer, sem sonhos, sem nenhum tesão
E sem esperanç’alguma de mudar o seu itinerário
E morrerás sem ao menos ter vivido [de verdade]
Já que te ausentou ... de ti próprio
Vives, portanto, "sem qualquer razão"
Que pena!
A felicidade está à sua espera, é verdade
Mas parece que [tu] a detesta pelo que à resistes
E interessante que contemplas [com inveja] a felicidade dos outros!
E eis que vos pergunto agora:
Ela é importante ou mesmo necessária para ti
ou estás a fugir dela?
Desejas mesmo a felicidade ou [ela] não te é prioridade?
E então, tens pressa para ser feliz ou a felicidade pode esperar?
A felicidade está à nossa espera, é fato
Oh! Por que muitos s’esqueceram ... dela?
Bom, quem agora está vivo que levante a sua mão
Mas que não a levante contra ela
(Conforme fazes quase que o tempo todo!)
Carlos Renoir
Rio de Janeiro, 06 de agosto de 2023
IMAGENS: FOTOS PARTICULARES
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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
QUEM AGORA ESTÁ VIVO QUE LEVANTE A SUA MÃO
Até quando ...?
Sim, até quando serás apenas um coadjuvante de sua própria vida?
Um estrangeiro em sua pátria, então ...
E vives o tempo inteiro [de sua vida] lá
Ainda que seja ... aqui
E [tu] a não ser nada em seu “lugar”
Que, talvez, nem [agora] mais te pertence
Doeria em ti saber tal verdade?
Talvez não
Do ópio e da morfina que te são as ocupações da vida
(Às quais o mundo despeja sobre todos)
Eis que t’esqueces [de ti mesmo]
(Fato que não podes negar)
E nem percebes que não tanto de amofinas no que fazes [aqui]
E nest’instante ouso [a ti] perguntar:
Por que vives e o que fazes [que seja autenticamente teu] aqui?
Brincas, pois, no tempo que a Vida a todos dá
E destarte perde ambos: a vida e o tempo
E, então, se a Vida te desse outra chance a viverias “do mesmo jeito”
no que em tal grau a desperdiças?
Da verdade é que vives em vão
E se é dito que não faz sentido o teu viver
é porque não sentes ... sua vida
Não sei se a Vida nos perdoará por a termos matado
Realmente não sei
Sim, assassinamos ... a vida
Ou será que nós é que suicidamos?
Bom, prefiro colocar o pronome na segunda pessoa:
Ah, mas de vez em quando até (creio eu) lembras que tens ... uma vida
Embora vives mais em favor dos outros que para ti mesmo
E assim, sem prazer, sem sonhos, sem nenhum tesão
E sem esperanç’alguma de mudar o seu itinerário
E morrerás sem ao menos ter vivido [de verdade]
Já que te ausentou ... de ti próprio
Vives, portanto, "sem qualquer razão"
Que pena!
A felicidade está à sua espera, é verdade
Mas parece que [tu] a detesta pelo que à resistes
E interessante que contemplas [com inveja] a felicidade dos outros!
E eis que vos pergunto agora:
Ela é importante ou mesmo necessária para ti
ou estás a fugir dela?
Desejas mesmo a felicidade ou [ela] não te é prioridade?
E então, tens pressa para ser feliz ou a felicidade pode esperar?
A felicidade está à nossa espera, é fato
Oh! Por que muitos s’esqueceram ... dela?
Bom, quem agora está vivo que levante a sua mão
Mas que não a levante contra ela
(Conforme fazes quase que o tempo todo!)
Carlos Renoir
Rio de Janeiro, 06 de agosto de 2023