Três tombos
De fato foi uma manhã distinta.
Um dia de sol e mar, palco de três tombos grotescos por ela sofridos.
As pessoas presentes logo atribuíram o primeiro tombo a certa embriaguez pela ingestão de alguns drinks, ao que ela protestou, pois estava sóbria, e não tinha exagerado.
O segundo ela explicou apressadamente que as alças se soltaram dos chinelos simultaneamente, deixando os pés atados, de forma que o tombo foi inevitável.
O terceiro a fez examinar o substrato da praia.
Ainda ouvindo as pessoas insistirem na razão improvável do álcool, ela olhou o palco dos três tombos e concluiu para si mesma que:
Tratava-se de uma praia arenosa que é ambiente costeiro de substrato inconsolidado, no caso, formado por grande deposito de areia acumulada, areia grossa, com grãos de tamanho grande. Por isso a dificuldade de caminhar em especial na parte seca, onde os pés afundam até o tornozelo e dificultam o deslocamento e comprometem a estabilidade.
Ficaram assim plenamente isentos de culpa, os daiquiris, os mojitos, as pinãs coladas e os canchánchara.
Creio que o que de fato a embriagou foram a temperatura favorável de 39*, o banho num mar turquesa morno!
De joelhos, por três vezes ela saudou ardorosamente o Mar do Caribe e a paisagem, o calor, e os tantos sabores.
Cayo Santa Maria
Cuba linda! Sin embargo mejor!