O Profeta. III (O Livro dos Mortos. Cap. I)
O Profeta. III (O Livro dos Mortos. Cap. I)
Por vim da terra, sinto o amargo de ser pisado, arado sem respeito, explorado, e, extraído sem escrúpulos, tornado-me infértil pela ganância humana.
Por conter água, fui poluído pela falta de senso deste seres ditos superiores, injetando tóxicos sem pensar, que, mata a chance de matar a sede de tantos outros, me transformando em um esgoto aberto, refletindo no leito toda impureza destas almas.
Por ser ar, sufoca-me com suas fumaças criadas em suas usinas, deixando cinza meu futuro, destruindo as vidas em liberdade, que, por mim voa, extinguindo uma população, que, não sabem falar, e, ninguém ouve.
Em meu ventre, um fogo arde sedento de vingança, queimando todos à volta, a carnificina de Gaya, sedenta de justiça aniquilara algum dia essa bestialidade humana.
Texto: O Profeta. III (O Livro dos Mortos. Cap. I)
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 13/05/2007